O Conselho Europeu avalia no final desta semana a candidatura da Ucrânia à UE. Por causa disso, o presidente Zelensky avisa que os ataques russos podem intensificar-se.
“Obviamente, devemos esperar um intensificar das atividades hostis da Rússia esta semana. E não só contra a Ucrânia, mas também outros países europeus. Estamos a preparar-nos, estamos prontos”, diz.
Depois do parecer favorável da Comissão, o Conselho Europeu vai discutir, esta quinta e sexta-feira, se a Ucrânia deve ou não receber o estatuto de país candidato.
Portugal apoia, mas admite que primeiro é preciso avaliar o impacto da decisão.
“Há efeitos profundos e esses efeitos têm de ser tidos em conta. E quando falamos da entrada na UE de um país com 40 milhões de habitantes, um país com impacto significativo sobre a estrutura da UE, por exemplo da política agrícola comum, dos fundos estruturais, é preciso fazer a necessária adaptação, que pode mesmo obrigar a uma revisão dos tratados“, afirma o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.
Reunido no Luxemburgo com os seus homólogos da UE, o MNE acusou a Rússia de desenvolver uma narrativa falsa sobre as sanções.
“Uma narrativa que associa erroneamente as sanções ocidentais ao impacto sobre a segurança alimentar mundial. Faz parte do plano de ação de UE uma contranarrativa que mostre, de forma absolutamente meticulosa que as consequências sobre segurança alimentar no resto do mundo são resultado exclusivo das ações da Rússia“.
A União Europeia está a preparar um plano para a retirada dos alimentos via terrestre, uma opção mais limitada e menos eficaz. São 20 milhões de toneladas que estão retidas na Ucrânia porque os portos do Mar Negro estão bloqueados pela Rússia.
O chefe da diplomacia europeia fala em crime de guerra. A Hungria ofereceu, entretanto, uma possível rota de exportação. A proposta está a ser analisada.