O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, voltou a ameaçar vetar a entrada da Suécia e Finlândia na NATO por causa das milícias curdas sírias. Erdogan diz que, este sábado, vai falar com a Finlândia e com o secretario-geral da Aliança Atlântica.
Confirmou que manterá um contacto telefónico com o chefe da organização militar aliada, Jens Stoltenberg.
“Não podemos aceitar que a NATO, uma organização de segurança, acolha organizações terroristas”, declarou o Presidente turco numa referência à presença de militantes curdos, na maioria exilados, em diversos países europeus.
O líder turco lamentou que a União Europeia (UE) considere o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, a guerrilha curda da Turquia), uma “organização terrorista”, mas não abranja nesta classificação as milícias curdas Unidades de Unidades de Proteção Popular (YPG), que atuam no norte da Síria.
As YPG estão integradas nas Forças Democráticas Sírias (FDS, dominadas pelos curdos), e desde o início do conflito nesta região do norte da Séria foram apoiadas por Washington e europeus no combate aos ‘jihadistas’ do Estado Islâmico, apesar de Ancara as definir como a extensão síria do PKK.
Saiba mais:
- Rússia anuncia 12 bases militares na fronteira ocidental em resposta ao alargamento da NATO
- António Costa visita militares em missão da NATO na Roménia
- Adesão da Finlândia e Suécia à NATO: Aliança Atlântica pretende responder às “preocupações” da Turquia
- Adesão da Finlândia à NATO: “Levamos o terrorismo a sério”
- Turquia vai “dizer que não à adesão da Finlândia e da Suécia à NATO”, afirma Erdogan
- Biden diz que Finlândia e Suécia cumprem todos os requisitos para aderirem à NATO
- Portugal preparado para reforçar missões da NATO