O Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros expressou em domingo o “apoio contínuo” à Ucrânia por parte da UE, que trabalha no sexto pacote de sanções contra a Rússia, e insistiu na “urgente” evacuação de Mariupol.
Josep Borrell transmitiu este domingo esse “apoio contínuo” dos 27 à Ucrânia num telefonema com o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba.
“O Conselho da Associação UE-Ucrânia será um momento-chave para avançar ainda mais a nossa parceria”, disse Borrell na rede social Twitter, referindo-se à principal ferramenta de colaboração entre as duas partes, que entrou em vigor em 1 de setembro de 2017.
Call w/@DmytroKuleba to discuss continued EU support to #Ukraine
— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) May 1, 2022
Work is ongoing on the next package of sanctions
EU-Ukraine Association Council will be a key moment to advance even further our partnership
Situation in Mariupol is appalling, humanitarian evacuations urgent.
A sétima reunião deste conselho teve lugar em Bruxelas em 21 de fevereiro de 2021 e a 12 de outubro do mesmo ano realizou-se em Kiev a última cimeira UE-Ucrânia.
Borrell, que visitou Kiev em 8 de abril, recordou, por outro lado, que a UE “está a trabalhar no próximo pacote de sanções” contra a Rússia.
A UE prepara o sexto pacote de sanções contra a Rússia desde o início da invasão da Ucrânia, em que se espera que seja incluída a proibição das importações de petróleo russo. A Alemanha já assegurou que apoia “de forma ativa” a imposição de tal embargo pela UE.
O telefonema entre Borrell e Kuleba acontece na véspera de os ministros da Energia da UE terem em Bruxelas um conselho extraordinário, convocado logo após a empresa russa de gás Gazprom ter cortado o fornecimento à Polónia e Bulgária por se terem negado a pagar em rublos.
Esta conversa coincide também com a operação para retirar um primeiro grupo de cerca de 100 civis da siderúrgica Azovstal na cidade portuária ucraniana de Mariupol, iniciada na sexta-feira.
“A situação em Mariupol é terrível, as retiradas humanitárias são urgentes“, insistiu este domingo o chefe da diplomacia europeia.
A UE intensificou o seu compromisso com a Ucrânia, proporcionado apoio político, financeiro e económico desde que a Rússia iniciou a invasão ao país em 24 de fevereiro.
CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA
Saiba mais:
- Abertos mais de nove mil processos por crimes de guerra na Ucrânia
- Marcelo: “Quando acolhemos refugiados há uma preocupação óbvia de não pôr em causa dados privados”
- Já começou a retirada de civis da fábrica de Azovstal, em Mariupol
- Avião russo detetado a violar espaço aéreo na Dinamarca
- Forças russas estão desmoralizadas: o relato das tropas ucranianas na linha da frente
- Rússia anuncia que 46 civis conseguiram sair da fábrica de Azovstal
- Governo alemão a favor de embargo europeu ao petróleo russo
- Rússia ataca aeroporto de Odessa para destruir armas americanas e europeias
- Duma propõe confiscar ativos empresariais a países “não amigos”
- SIC na Ucrânia: fábrica de nitrato de potássio atingida por mísseis russos em Mykolaiv