As Nações Unidas estão a preparar o plano de evacuação previsto para esta quinta-feira, depois de ter sido acordado no encontro entre Vladimir Putin e António Guterres. A Ucrânia diz, no entanto, que as tropas russas continuam a atacar o último reduto da resistência em Mariupol. Durante a noite terão sido efetuados mais de 50 ataques aéreos.
O regimento Azov partilhou imagens de um ataque a uma unidade hospitalar do complexo industrial de Azovstal, onde permanecem centenas de feridos, tanto militares como civis. Afirmam que foram usadas munições anti-bunker que mataram várias pessoas e faz um derradeiro apelo à completa evacuação de fábrica.
Apelam a que seja levada a cabo uma operação de resgate dos militares, para fora de território ucraniano. Garantem que serão todos executados se forem capturados.
Analistas internacionais já tinham alertado para a possibilidade de prisioneiros de guerra serem exibidos pelo Kremlin durante a parada do 9 de maio, data em que a Rússia assinala a vitória na II guerra mundial e a capitulação da Alemanha Nazi.
O Serviço de Informação Ucraniano assegura que estão a aumentar os sequestros nas zonas ocupadas. Diz ainda que estão a ocorrer operações de filtragem, que terminam com o envio de civis para a Rússia, para futuras trocas de prisioneiros por militares russos.
O recrudescimento da ofensiva russa também se faz sentir na cidade de Kherson – ocupada pelas tropas de Moscovo mas que está a ser alvo de contra-ataques ucranianos. Uma série de explosões perto da torre de televisão em Kherson tirou temporariamente do ar os canais russos, os únicos que agora podem ser vistos.
O exército russo assegura que destruiu ainda dezenas de depósitos que armazenavam munições e armas enviadas pelo Ocidente.
CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA
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