Guerra Rússia-Ucrânia

“A morte está em toda a parte, é visível”: mortes em Mariupol podem chegar às 35 mil nos próximos dias

A informação é avançada pelo autarca da cidade, Petro Andryushchenko.

A autarquia de Mariupol repetiu esta quinta-feira que cerca de 20.000 civis já morreram nos ataques russos à cidade portuária, adiantando temer que o número de vítimas mortais possa chegar a 35.000 nos próximos dias.

“Há quatro dias demos um número otimista de 10.000 mortos. Com o aumento da intensidade dos combates, é preciso dizer que, mesmo que o cerco terminasse agora, o número de mortos seria em torno de 20.000”, disse o assessor do autarca da cidade, Petro Andryushchenko, a meios de comunicação locais.

O responsável acrescentou que, se os combates continuarem com a mesma intensidade, o número de vítimas mortais civis poderá chegar a 35.000, uma vez que “os corpos estão a ser enterrados em todos os lugares: nos quintais e nas ruas”.

“Devido à intensidade dos bombardeamentos, as pessoas não podem sequer sair para enterrar os seus entes queridos. Os serviços municipais não funcionam, o cemitério está localizado num território controlado pelo exército russo. A morte está em toda a parte, é visível”, acrescentou o assessor.

Mariupol está cercada por tropas russas há semanas e a sua queda é considerada iminente, mas os ucranianos estão a conseguir resistir ao avanço russo. Segundo informações provenientes da região, os ucranianos estão entrincheirados num complexo industrial, com vários locais para se esconderem e emboscarem os invasores russos.

Abaixo do complexo industrial há uma série de túneis que também estão a ser usados pelos militares ucranianos.

Alguns analistas compararam a batalha por Mariupol à lendária Batalha de Estalinegrado durante a Segunda Guerra Mundial, durante a qual os soviéticos também se entrincheiraram num complexo industrial e usaram túneis.

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