Odessa saiu esta segunda-feira do recolher obrigatório. Os habitantes voltaram a sair à rua, numa segunda-feira com uma aparente normalidade.
Em Odessa, viveu-se, esta seguda-feira, a normalidade de uma qualquer cidade europeia. Os serviços camarários estão a funcionar. Faz-se a poda das árvores nesta altura da primavera. Cava-se a terra negra e fofa com uma pá, plantam-se roseiras.
Esta é altura das flores em Odesa. Estão por todo o lado à venda.
A cidade passou a pintar-se com as cores do pais, seja nas bandeiras orgulhosamente estendidas nas varandas, nos automóveis, nas entregas de comida, nas paredes.
Muitos dos nomes das ruas foram apagados, precavendo uma invasão russa.
Os parque infantis estão cheios de crianças a brincar. Cria-se um novo patriotismo desde a infância. O próprio parque infantil está pintado com as cores do pais.
Odessa é provavelmente a cidade melhor protegida desta guerra.
Yoroslav é professor de música, mas os alunos agora não vão às aulas. Teve de ir tocar para a rua para conseguir ganhar dinheiro.
Os habitantes de Odessa gostam das artes, da música, da literatura, de um dia a dia tranquilo. São despreocupados. Os mais velhos juntam-se para jogar xadrez, um antigo hábito que já vem do tempo soviético. É um jogo tático e de estratégia.
Saiba mais:
- Guerra na Ucrânia: milícias de Donetsk enfrentam exército ucraniano
- Guerra na Ucrânia: Pentágono deteta reforço das forças russas no Donbass
- Veterinário polaco resgatou centenas de animais da Ucrânia
- Mariupol regista 10 mil civis mortos desde o início da invasão russa: “É um número expectável”
- “Foi um diálogo muito direto e duro”: Chanceler da Áustria reuniu-se em Moscovo com Putin
- Ucrânia: “Já não há condições para se viver em Mykolaiv”
- Rússia diz que recorre à justiça se for declarada em incumprimento pelo Ocidente