A próxima ronda de negociações entre a Rússia e a Ucrânia vai decorrer na Turquia entre 28 e 30 de março, informou esta segunda-feira o negociador do lado ucraniano David Arakhamia.
Na sexta-feira, as diplomacias russa e ucraniana reconheceram que as negociações estão a ser “muito difíceis” e que continua a não haver consensos nas questões mais relevantes, um mês após o início da invasão russa.
Do lado da diplomacia ucraniana, há agora a esperança de que a Turquia e outros países permaneçam “interessados em restaurar a paz”.
Depois de terem começado com reuniões físicas entre delegações, as conversações entre a Rússia e a Ucrânia estão agora a decorrer por videoconferência, quase diariamente.
O que está em cima da mesa?
Moscovo pretende um “tratado abrangente”, tendo em conta as suas exigências de neutralidade, desmilitarização e “desnazificação” da Ucrânia, bem como o reconhecimento da soberania russa da Crimeia e da independência das duas repúblicas separatistas do Donbass.
De acordo com o negociador-chefe russo, a Ucrânia “está essencialmente preocupada em obter garantias de segurança de terceiros, no caso de não poder integrar a NATO”, o que Moscovo considera “totalmente inaceitável”.