O Governo ucraniano acusa a Rússia de cometer crimes contra a humanidade em Mariupol. Além do bombardeamento do teatro onde se abrigava um número indeterminado de civis, as autoridades dizem que quatrocentas pessoas estão sob novo ataque numa escola de artes da cidade.
De uma cidade há mais de duas semanas sob ataques constantes até à segurança relativa de Lviv, foram mais de mil quilómetro de viagem, de uma ponta à outra da Ucrânia, na fuga de Mariupol.
Da estratégica cidade no Mar de Azov, a meio caminho entre a Crimeira e o Donbass, chegam cada vez menos imagens recentes, mas não faltam notícias de novos cercos a abrigos com civis.
Além do teatro – cujo número de baixas ainda não é totalmente conhecido -, uma antiga escola com 400 pessoas estará a ser alvo das forças russas.
Este domingo, chegam relatos de que muitos ucranianos de Mariupol estarão a ser levados para território russo.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ilegalizou 11 partidos políticos que considera terem ligações à Rússia de Vladimir Putin.
Na praça central de Kherson, os cidadãos voltaram a desafiar a ocupação russa e obrigaram mesmo um veículo militar assinalado com a letra “Z” a recuar.
Noutras cidades, como Enerhodar, onde há suspeitas do rapto de membros do executivo local, ou Berdyansk, onde foram captadas imagens da passagem de uma coluna militar russa, as autoridades usaram da força para calar os protestos da população.
A Rússia confirma o uso de um míssil hipersónico pelo segundo dia consecutivo, no ataque a um depósito de combustível em Mykolaiv.
Este domingo, a capital, Kiev, foi novamente atingida, com um prédio de 10 andares a sofrer danos graves. Cinco pessoas ficaram feridas.
As autoridades de Kiev confirmam a morte de 228 pessoas e o ferimento de 912, só na região da capital, desde o início da guerra.