Guerra Rússia-Ucrânia

EUA avisam China sobre sanções caso ajude Rússia na invasão à Ucrânia

Têm surgido relatos de que os russos pediram a Pequim equipamento militar, incluindo mísseis, drones, veículos blindados e alimentos para as tropas.

O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, e o mais alto funcionário do Partido Comunista Chinês para questões diplomáticas, Yang Jiechi, tiveram na segunda-feira uma “discussão substancial sobre a guerra da Rússia contra Ucrânia”, segundo a Casa Branca.

Jake Sullivan e Yang Jiechi “enfatizaram a importância de manter as linhas abertas de comunicação entre os Estados Unidos e na China”, lê-se num curto comunicado de Washington, após a reunião ocorrida em Roma, Itália.

Os diplomatas dos EUA e da China iniciaram esta segunda-feira negociações depois de a comunicação social norte-americana ter noticiado que a Rússia pediu ajuda económica e militar da China para a guerra na Ucrânia.

As duas comitivas vão “discutir os esforços em curso para gerir a competição entre os dois países e vão discutir o impacto da guerra da Rússia contra a Ucrânia na segurança regional e global”, segundo a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Emily Horne.

Rússia pede ajuda à China?

De acordo com o jornal The New York Times, que cita fontes não identificadas, a Rússia pediu à China que fornecesse equipamentos militares para a guerra e ajuda económica para auxiliar na superação das sanções internacionais.

Pequim reagiu esta segunda-feira de forma vigorosa contra esta informação, sem, no entanto, a desmentir.

“Ultimamente, os Estados Unidos têm espalhado constantemente notícias falsas contra a China”, diz o porta-voz da diplomacia chinesa, Zhao Lijian.

“Estamos a acompanhar de perto até que ponto a China está a fornecer, de uma forma ou de outra, assistência material ou económica à Rússia”, aponta Jake Sullivan, durante uma entrevista televisiva, no domingo.

“Queremos que Pequim saiba que não vamos ficar parados. Não vamos permitir que nenhum país compense as perdas da Rússia devido às sanções económicas aplicadas a Moscovo”, insiste Sullivan, garantindo que “haverá consequências” no caso de alguém procurar ajudar a contornar as sanções.

Desde o início da invasão russa, o regime comunista chinês, em sintonia com a sua posição de aliança com Moscovo, absteve-se de pedir ao Presidente russo, Vladimir Putin, que retire as suas tropas da Ucrânia, limitando-se a apelar a negociações que procurem uma solução pacífica para o conflito militar.

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