Austrália, Reino Unido e Canadá foram os dois primeiros países do G7 a reconhecer o Estado da Palestina como soberano. Nas próximas horas, seguem-se a França, Bélgica, Malta, Luxemburgo, Andorra e San Marino.
“A decisão que o Presidente [Emmanuel Macron] apresentará esta tarde à assembleia-geral das Nações Unidas é uma decisão simbólica, imediata e política, que demonstra o compromisso da França com a solução de dois Estados”, afirma o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noel Barrot.
Em 2024, Espanha, Irlanda, Noruega e Eslovénia já tinham anunciado a decisão.
Desde o início da guerra em Gaza, em 2022, que a lista de países que reconhecem o Estado da Palestina tem vindo a aumentar. Antes, o reconhecimento europeu limitou-se à Suécia, Islândia, Chipre e a alguns antigos países comunistas.
Em 2012, a assembleia-geral da ONU concedeu o estatuto de "Estado não-membro" à Palestina.
Esta iniciativa concertada reflete a crescente indignação com a forma como Israel tem conduzido o conflito em Gaza, e também pelo facto de boicotar os esforços para a criação do Estado Palestiniano e continuar a promover a expansão dos colonatos na Cisjordânia.
“Estamos a assistir ao Governo israelita continuar a apoiar os colonatos ilegais e a expansão na Cisjordânia. (...) Esta é a melhor oportunidade que o mundo teve em décadas para desarmar e isolar o Hamas e proporcionar autodeterminação ao povo da Palestina”, declarou o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese.
Israel já prometeu retaliar. Netanyahu diz mesmo que “não vai acontecer”.
“Não será criado um Estado palestiniano a oeste do rio Jordão. Durante anos, impedi a criação deste Estado terrorista, apesar da enorme pressão tanto a nível interno como internacional. (...) A resposta à mais recente tentativa de impor um estado terrorista no coração do nosso país será dada após o meu regresso dos Estados Unidos. Aguardem.”
Donald Trump já tinha declarado não aceitar a decisão do Reino Unido de reconhecer o Estado da Palestina. O Presidente norte-americano insiste, no entanto, na necessidade de haver paz na região.