Guerra no Médio Oriente

Embaixador de Israel em Portugal considera "triste" decisão de reconhecer Estado da Palestina

Oren Rozenblat, embaixador de Israel em Portugal, esteve este domingo à noite em entrevista na SIC Notícias após o Governo português reconhecer o Estado da Palestina.

SIC Notícias

Oren Rozenblat, embaixador de Israel em Portugal, considera triste a ideia do governo português de reconhecer o Estado da Palestina. Diz que é tempo de guerra e garante que Israel "não vai parar" até todos os reféns serem libertados.

Na SIC Notícias, o embaixador rejeita o reconhecimento do Estado da Palestina e considera "triste" a decisão de Portugal reconhecer o Estado da Palestina, face à relação com Israel.

"Nós precisamos de ajuda dos nossos parceiros. Portugal é um país amigo de Israel, com história especial entre os povos", afirma.

Oren Rozenblat sublinha, em entrevista na SIC Notícias, que foi o Hamas quem "abriu a guerra". Dessa forma, diz que a guerra só acaba quando esse movimento libertar os reféns.

Israel vai agir, garante, contra as ações contra o Governo de Israel.

"Agora é tempo de guerra. Precisamos de agir para libertar reféns, não vamos parar até todos, 48, serem libertados, entre eles portugueses", acrescenta.

Portugal reconheceu oficialmente, este domingo, o Estado da Palestina. O anúncio foi feito pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, na missão de Portugal da ONU em Nova Iorque.

Rangel afirmou que no que diz respeito "à solução dos dois Estados, como solução futura para o conflito israelo-palestiniano" houve mesmo "uma posição unânime dos partidos representados na Assembleia da República".

Face à solução dos dois Estados apoiada por Portugal "como a única via para a paz justa e duradoura", o Governo reafirma ainda "o direito do Estado de Israel à existência e às suas efetivas necessidades de segurança, bem como a especial amizade dos povos português e israelita, condenando uma vez mais os atrozes ataques terroristas de sete de outubro" levada a cabo pelo Hamas.

Além da declaração de reconhecimento oficial do Estado da Palestina, Rangel sublinha que se mantém a exigência de "libertação imediata de todos os reféns, a entrega dos reféns mortos a Israel" e insiste "na necessidade de combater todas as formas de antissemitismo".

Rangel diz que "a declaração de reconhecimento não apaga a catástrofe humanitária em curso na Faixa de Gaza" e apela a que "cessem todas as hostilidades".

O Governo reafirma ainda a vontade de "fortalecer as profundas e antigas relações de amizade do povo português com o povo israelita e as renovadas e auspiciosas relações de amizade com o povo palestiniano".

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