Guerra no Médio Oriente

Gaza: Alemanha diz que é "extremamente preocupante" o que está no relatório da comissão da ONU

O ministro dos negócios da Alemanha reagiu esta terça-feira ao relatório que acusa Israel de cometer genocídio. Defende que para "pôr fim ao sofrimento" é preciso chegar a acordo de cessar-fogo antes de reconhecer a Palestina como estado.

Marta Ferreira

O ministro dos negócios da Alemanha anunciou que vai estar presente na conferência da Arábia Saudita para o reconhecimento do estado da Palestina, apesar de considerar que este não é o momento indicado para que aconteça.

Em reação ao relatório divulgado pela comissão independente de investigação da ONU, Johann Wadephul afirma que os "incidentes descritos no relatório são extremamente preocupantes", mas admite que ainda não seja o tempo certo para reconhecer a Palestina como Estado.

Na sua ótica, para já, é preciso chegar a um acordo de cessar-fogo, mas não será obstáculo na conferência para o reconhecimento do estado.

"Em conflitos armados, todas as partes estão sujeitas ao direito internacional humanitário. Para acabar com o sofrimento em Gaza, acreditamos que é crucial, como temos repetidamente enfatizado, que se chegue finalmente a um cessar-fogo", declarou.

Nesse sentido, anunciou que a "Alemanha decidiu participar na conferência sobre a solução de dois Estados, que o nosso parceiro próximo, França, está a organizar em conjunto com a Arábia Saudita na próxima semana".

"Eu próprio estarei presente na conferência em Nova Iorque. Também apoiámos uma resolução correspondente no Conselho de Segurança da ONU. Continuamos a ser da opinião de que um Estado palestiniano não deve ser reconhecido neste momento, mas que uma solução de dois Estados deve ser possível", conclui.

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