Apesar das sondagens revelarem que três em cada quatro israelitas querem um acordo que permita o regresso dos reféns e o fim da guerra, o governo estará a preparar-se para ordenar a ocupação total da Faixa de Gaza.
A expansão da ofensiva tem o apoio da ala radical do governo de Netanyahu, que sonha com novos colonatos numa Gaza sem palestinianos, mas terá a oposição do chefe das Forças Armadas, que vê na ocupação de todo o território poucos ganhos militares e um enorme risco para a sobrevivência dos reféns.
Se Benjamin Netanyahu vencer este braço de ferro institucional, deverá agravar-se a grave situação em que se encontra a população de Gaza.
Nos últimos dias, dezenas de pessoas terão morrido de fome, ou quando tentavam aceder aos locais de distribuição de alimentos.
As Nações Unidas dizem que, além de ser necessária muito mais ajuda, é fulcral que possa ser distribuída de forma segura. E lembram que metade da população de Gaza tem menos de 18 anos.