Algumas imagens de soldados israelitas a dispararem contra civis palestinianos nas filas de comida já tinham sido tornadas públicas pela agência das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários. Agora, são divulgadas novas filmagens que mostram tiros disparados contra um grupo de pessoas próximo de um posto da empresa privada norte-americana e israelita - a única autorizada pelo Governo de Israel a distribuir ajuda humanitária em Gaza.
Estas condições têm sido denunciadas pelas Nações Unidas e por diversas organizações internacionais e, agora, também confirmadas e descritas por um militar norte-americano que trabalhou para essa empresa.
Por toda a Faixa de Gaza, multiplicam-se as imagens e as denúncias de uma catástrofe humanitária, com a fome e a guerra a abaterem-se sobre uma população de mais de dois milhões de pessoas, concentradas num território sujeito a constantes bombardeamentos e sem acesso suficiente a alimentos.
A imprensa israelita dá conta dos planos do governo de Benjamin Netanyahu para ordenar a ocupação total da Faixa de Gaza e a anexação do território palestiniano - mesmo perante os avisos de antigos elementos da Mossad, do Shin Bet e do exército israelita.
Estes alertam que o Hamas já não tem poder militar e que é impossível retirar os reféns do 7 de outubro sem recurso à diplomacia.
Com Netanyahu acusado de crimes de guerra pelo Tribunal Penal Internacional e em julgamento por corrupção, o Governo israelita tentou destituir a procuradora-geral da República, que acusa vários ministros de irregularidades, e também tentou travar a demissão do chefe da segurança interna israelita.