Guerra no Médio Oriente

O filme dos acontecimentos: Israel avança com operação "Leão Crescente" para travar poder nuclear e Irão não perdoa

Israel lançou uma vasta ofensiva militar contra o Irão na madrugada desta sexta-feira - a chamada "Operação Leão Crescente". Os ataques aéreos visaram instalações nucleares, chefias militares e cientistas ligados ao programa nuclear iraniano, segundo as autoridades israelitas.

Sofia Arêde

Até ao momento, há pelo menos 78 mortos confirmados, entre altos responsáveis militares e cientistas iranianos. Israel afirma que a operação se destinou a impedir que o Irão obtenha uma bomba nuclear e assegura que não precisa de ajuda para se defender.

O Irão foi surpreendido, apesar das informações apontarem há alguns dias para uma possível ação militar. Para este domingo estava marcada uma nova ronda de negociações entre os EUA e o Irão sobre o programa nuclear, o que tornou o ataque ainda mais inesperado.

A agência atómica das Nações Unidas condenou o ataque às instalações nucleares.

De acordo com o primeiro-ministro israelita, os Estados Unidos foram informados previamente sobre os ataques, que pretendem proteger Israel de uma ameaça nuclear iraniana. A operação levou anos a ser preparada e incluiu colaboração no terreno de agentes da Mossad, os serviços secretos israelitas.

O Irão, como resposta, lançou esta noite cerca de 100 drones contra Israel contra várias cidades de Israel, todos intercetados pelas defesas israelitas, de acordo com o governo israelita.

O impacto global foi imediato: os mercados financeiros ficaram voláteis, o preço do petróleo subiu, e a cobertura mediática centrou-se nesta nova escalada de tensão entre Israel e Irão, desviando atenções da ofensiva israelita em Gaza.

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