O fumo denuncia os ataques de Israel em Gaza. Na madrugada deste sábado, Telavive atingiu, com drones, a região de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. Nas últimas 24 horas já morreram 115 palestinianos e mais de 300 desde quinta-feira.
Depois de anunciar um plano para "conquistar Gaza", Israel retomou a ofensiva a 18 de março depois da trégua de dois meses. Donald Trump fez um périplo pelo Médio Oriente e no regresso aos Estados Unidos reconheceu que há fome em Gaza.
“Vamos ver o que acontece. Penso que muitas coisas boas vão acontecer durante o próximo mês. Veremos. Temos de ajudar também os palestinianos. Há muita gente a morrer à fome em Gaza. Por isso, temos de olhar para os dois lados. Mas… faremos um bom trabalho”, disse Donald Trump, presidente dos EUA
O Ocidente quer que a ajuda internacional chegue aos deslocados, mesmo com a oposição do primeiro-ministro de Israel.
“Nós próximos dias vamos concentrar-nos em alcançar este cessar-fogo e reabrir os corredores humanitários. Terei oportunidade de falar com o primeiro-ministro Netanyahu nos próximos dias, e também levantei esta questão com o presidente Trump numa conversa à parte. É absolutamente essencial, como os Estados Unidos da América conseguiram obter há alguns meses, voltar a obter um cessar-fogo que, até ao início de março, nos permitiu reabrir as vias de acesso humanitário, silenciar as armas e, assim, tratar e retirar os feridos, permitir o acesso à água, alimentos, medicamentos, tudo coisas que hoje já não são possíveis, conduzindo a uma situação intolerável”, explicou Emmanuel Macron, presidente de França.
O alto comissário das Nações Unidas para os direitos humanos considera que o que está a acontecer em Gaza pode ser comparado a uma limpeza étnica e uma violação do direito internacional. Há 75 dias que Israel impede a entrega de ajuda humanitária da ONU em Gaza.