Não houve avisos ou ordens de evacuação antes dos ataques a Beit Lahiya e Jabalia, no norte de Gaza. As forças israelitas afirmam ter visado mais de 150 alvos do Hamas e insistem que o grupo usa civis como escudos humanos, para justificar as dezenas de mortos nos bombardeamentos aéreos e no fogo de artilharia.
A ofensiva aérea preparou o avanço dos carros de combate que cercam várias zonas no norte de Gaza. Milhares de reservistas foram convocados há quase duas semanas, antecipando uma nova investida terrestre.
Os hospitais estão sem capacidade para lidar com o fluxo de feridos, depois de, a 2 de março, as forças israelitas terem bloqueado toda a entrada de ajuda humanitária em Gaza.
CE denuncia "fome deliberada"
O Conselho da Europa, que garante a defesa dos direitos humanos, denunciou esta sexta-feira a fome intencionalmente imposta aos habitantes e advertiu que Israel está a plantar as sementes do próximo Hamas.
Muitos depositaram esperança de que a visita de Donald Trump ao Médio Oriente abrisse caminho à entrada de ajuda e, até, a negociações com vista a um cessar-fogo. Israel já tinha ameaçado intensificar a campanha militar em Gaza assim que Donald Trump abandonasse a região.
53 mil mortos em 19 meses de conflito
O objetivo declarado por Telavive, de garantir a libertação de todos os reféns, não convence os familiares, que temem que as próximas horas determinem o destino dos que permanecem em cativeiro há 19 meses.
O balanço de palestinianos mortos, sem contabilizar os desaparecidos, ultrapassa os 53 mil.