Guerra no Médio Oriente

Cessar-fogo em Gaza: Hamas diz estar empenhado em respeitar acordo

Uma delegação do Hamas esteve no Cairo para conversações sobre o cessar-fogo em Gaza. O grupo diz que não vai ceder às ameaças de Israel, mas diz que há sinais positivos de que três prisioneiros israelitas serão libertados no sábado, como previsto.

Joana Costa de Sousa

É uma corrida contra o tempo para tentar salvar o frágil acordo de cessar-fogo em Gaza. Do Cairo, onde decorrem conversações mediadas pelo Egito e pelo Catar, chegam, no entanto, alguns progressos.

O Hamas diz que há sinais positivos para que se concretize a libertação de três reféns este sábado, como estava previsto, mas também garante que não vai ceder às ameaças de Israel. 

“Se o Hamas parar de libertar reféns, não haverá cessar-fogo, mas sim guerra. A nova guerra em Gaza terá uma intensidade diferente da guerra anterior ao cessar-fogo e não terminará sem a derrota do Hamas e a libertação dos reféns, diz Israel Katz, ministro da Defesa de Israel. 

As palavras do ministro da Defesa israelita estão em linha com as ameaças de Netanyahu e de Trump que prometeu um verdadeiro inferno caso os reféns não sejam libertados 

O Hamas diz que não quer o colapso da trégua e que a linguagem de intimidação usada por Trump e Netanyahu não serve para a implementação do acordo. Exige que Israel cumpra o prometido: permitir a entrada de ajuda humanitária essencial em Gaza e não atrasar as negociações para a segunda fase. 

Em Israel, a pressão mantém-se nas ruas para que o Governo não deixe cair por terra as esperanças que tantos depositaram neste acordo. 

Segundo as agências de notícias, o impasse poderá ser desbloqueado assim que os mediadores confirmarem o acordo com Israel sobre abrigos, tendas, combustível, medicamentos e todo o material que se relaciona com o protocolo humanitário que deveria entrar em Gaza, ainda nesta primeira fase.

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