Guerra no Médio Oriente

Três jornalistas morreram após ataque israelita no Líbano, país fala em "crime de guerra"

Quando parecia que a situação não podia piorar na Faixa de Gaza, eis que as Nações Unidas alertam que o norte do território está a viver a hora mais sombria da guerra, com bombardeamentos constantes, e novas ordens de evacuação da população. Durante esta sexta-feira, mais três jornalistas foram mortos, numa lista que ascende a 128 mortos, desde o início da guerra.

Miguel Franco de Andrade

O ataque israelita aconteceu às três da manhã na localidade de Hasbaya, a 100 quilómetros a sul de Beirute, onde pernoitavam pelo menos 18 jornalistas de vários órgãos de comunicação social do mundo. Da Sky News à Al Jazeera, sendo que esta última já tinha sido alvo de perseguição israelita. Os três profissionais que morreram pertenciam às Al-Mayadeen e Al-Manar, estações de televisão próximas do Hezbollah.

O Comitê para a Proteção dos Jornalistas já veio condenar o ataque específico a jornalistas. Só no último ano já morreram cerca de 128 profissionais, vítimas deste conflito. À porta do hospital para onde seguiram os feridos, chorava-se a morte dos familiares.

Esta sexta-feira, os subúrbios de Beirute e a zona do Vale de Baca voltaram a ser atingidos. As forças de paz de ONU, mandatadas para cumprir missão no sul do Líbano, denunciaram novos ataques por parte do exército israelita.

Os pedidos de cessar-fogo por parte do maior aliado de Israel têm sido ignorados pelo Governo israelita. No périplo pela região, o chefe da diplomacia norte-americana ouviu o homólogo jordano falar em "limpeza étnica em Gaza".

O alerta semelhante foi dado pelo Alto Comissariado para os Direitos Humanos (ACDH). Mais sul a situação não é muito melhor, com famílias inteiras a digladiarem-sepor um pedaço de pão.

Os bombardeamentos mais recentes provocaram a morte de pelo menos 72 pessoas, a somar aos quase 45 mil mortos ao longo do último ano.

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