Guerra na Síria

Um momento de esperança e euforia: milhares de refugiados começaram a regressar à Síria

Milhares de refugiados estão a regressar à Síria depois da queda do regime. Vieram logo de madrugada, preparados para enfrentar o frio e a espera que já se previa longa.

SIC Notícias

São filas e filas de carros de refugiados que aguardam para passar a fronteira. Aqui, por exemplo, entre o Líbano e a Síria muitos fazem o caminho a pé. O tão desejado regresso a casa. Durante a guerra civil, seis milhões de pessoas abandonaram a Síria. Cerca de três milhões fugiram para a Turquia, o país que mais recebeu refugiados sírios. 

Vieram logo de madrugada, preparados para enfrentar o frio e a espera que já se previa longa. Famílias inteiras que sonhavam há décadas por este momento: voltar para um país onde o conceito de liberdade começa a fazer sentido. 

Em Damasco, os rebeldes decretaram recolher obrigatório entre as 16:00 e as 5:00. Com o amanhecer, a vida começou a regressar à normalidade possível. O trânsito voltou em força, mas a maioria das lojas permaneceu fechada. Abriu apenas o essencial: as padarias e alguns pontos de venda de gás. 

A esperança, o alívio, mas por outro lado preocupação em relação ao futuro que é incerto. Esta nova fase trouxe alguma instabilidade: houve pilhagens e episódios de vandalismo em lojas e edifícios públicos. Um dos primeiros alvos foi o palácio presidencial em Damasco. Grupos entraram pelo edifício e destruíram documentos, provocaram incêndios, e apoderam-se dos bens de Bashar al Assad e da família. 

Na garagem encontraram dezenas de carros de alta cilindrada de marcas como a Ferrari, Mercedes, Porsche e Rolls Royce. Uma coleção de carros de luxo que Bashar al Assad deixou na Síria. Difícil calcular a fortuna que está dentro desta garagem. Mas há estimativas apontam para uma coleção avaliada em mais de seis milhões de euros. 

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