Marina Gonçalves, ministra da Habitação nega a existência de tensão entre o Governo e o Presidente da República depois do veto do diploma da habitação, e voltou a defender a estratégia do Governo, afirmando que o “debate e as divergências políticas são saudáveis”.
"Isto não é uma questão de o Governo não quer fazer, o Presidente da Republica não quer fazer ou a Assembleia não quer fazer. De todo. Isto é um trabalho coletivo que tem sido feito nos últimos seis meses, e as divergências também fazem parte. Temos que perceber qual a urgência da resposta por parte das famílias. O que as famílias nunca iam aceitar da nossa parte é nada fizéssemos num momento que estamos com um crescente aumento das rendas, disse esta tarde a ministra durante uma visita a um edifício devoluto do Estado, que está a ser reabilitado.
O Presidente da República decidiu vetar as medidas ainda pendentes do plano Mais Habitação. Numa nota publicada no site da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa considera que decreto sobre habitação não é “suficientemente credível” e, na promulgação de decreto sobre construção, defende a existência de um Código da Edificação.
Numa carta enviada ao Parlamento, o Presidente defende as medidas apresentadas não são credíveis nem mobilizadoras como resposta “à emergência da crise habitacional” que atinge sobretudo os jovens e a classe média.