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Governo termina "semana ao nível de viagem de finalistas" com um "ministro zombie"

Ricardo Costa, da SIC, analisa os últimos dias do Governo, após o pedido de demissão de João Galamba. No Primeiro Jornal, considera que Marcelo Rebelo de Sousa ficou "diminuído aos olhos dos portugueses" por não ter dissolvido o Parlamento.

Ricardo Costa

Rita Rogado

Ricardo Costa, da SIC, considera que houve um "encolhimento das instituições" desde terça-feira, altura em que o ministro João Galamba apresentou a demissão ao primeiro-ministro. Sobre o Presidente da República, diz que ficou "diminuído aos olhos dos portugueses" por não ter dissolvido o Parlamento.

"A divergência veio para ficar, ficou estabilizada", afirma, referindo-se a São Bento e a Belém.

Desde terça-feira, dia 2 de maio, dia em que João Galamba, ministro das Infraestruturas, apresentou a demissão a António Costa, houve um "encolhimento das instituições": "Foi uma espécie de 'querido, encolhi as instituições'".

Desde esse dia, o primeiro-ministro, António Costa, recusou a demissão. Marcelo discordou da decisão.

"Temos um ministro zombie, que é o ministro João Galamba, porque foi chamado de incompetente, inconfiável, sem capacidade (...) e que vai continuar no seu lugar".

No Primeiro Jornal da SIC, Ricardo Costa considera que o Governo teve uma semana ao nível de "uma viagem de finalistas".

"Temos um Presidente da República que ficou diminuído aos olhos dos portugueses. Os portugueses perceberam que ele não vai dissolver coisa nenhuma. No momento em que podia ter dissolvido, não dissolveu", diz, referindo-se aos discurso de quinta-feira, em que falou ao país com duras críticas ao Governo mas sem dissolver o Parlamento.

Porquê? "Sabe que não pode, não tem uma solução evidente".

"É como pegarmos numa moeda. Essa moeda tem um valor intrínseco pelos metais que lá estão. Mas no dia em que deixares de acreditar que esta moeda vale 1 euro, tu não a vais querer. Neste momento, qualquer português que oiça o Presidente da República a dizer 'dissolução' não acredita, acha que vale zero".

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