O secretário-geral adjunto do PS disse esta quarta-feira que o Partido Socialista “reafirma o seu respeito institucional perante todos os órgãos de soberania”, mas ressalvou que a decisão de António Costa manter João Galamba no Executivo “tem toda a legitimidade”.
“O PS reafirma hoje o seu respeito institucional perante todos os órgãos de soberania e reafirma-se hoje também como um fator de estabilidade política de que o nosso País precisa”, afirmou João Torres, na primeira reação oficial do PS após a polémica em torno do ministro das Infraestruturas, João Galamba".
Para o PS, “João Galamba e o seu gabinete cumpriram as obrigações que sobre si recaiam, reportando devidamente às autoridades que um equipamento informático do Estado com documentos classificados não se encontrava na sua posse”.
“Imagine-se o que diria a oposição caso assim não tivesse sucedido”, ressalvou João Torres, antes de apontar o dedo a Luís Montenegro.
“Percebe-se a desorientação da oposição e em particular do líder do PSD, Luís Montenegro. Percebe-se a sua falta de preparação a sua incapacidade para se apresentar como uma alternativa”, sublinhou o secretário-geral adjunto do PS.
"Numa democracia é importante que cada um respeite as decisões"
Ao ser questionado sobre a reação do Presidente da República, que anunciou discordar da decisão de Costa manter Galamba como ministro, João Torres voltou a reforçar “o respeito institucional por todos os órgãos de soberania”, mas destacou que se tratou de uma decisão legítima que tem de ser respeitada até por Marcelo Rebelo de Sousa.
“Numa democracia, que tem regras, é importante que cada um respeite as decisões que cada agente político pode e deve tomar em cada momento e em consciência”, afirmou o secretário-geral adjunto do PS.
A decisão do primeiro-ministro, alertou, “está fundada na impossibilidade de imputarmos ao ministro das Infraestruturas acusações sérias e gravosas que lhe foram aportadas, mas que não têm correspondência com a realidade”.
João Torres concluiu ainda que toda a polémica a que o País assistiu na terça-feira, que culminou num desentendimento entre Marcelo e Costa, se tratou apenas do “normal funcionamento das instituições democráticas”.