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PS “dono disto tudo” e o “jogo de cumplicidade” entre Santos Silva e Ventura

Em entrevista à SIC Notícias, o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, fala num clima de impunidade da maioria absoluta socialista e lamenta a estratégia que acusa o PS de ter para dar palco ao Chega.

SIC Notícias

O secretário-geral do PSD, Hugo Soares, lamentou esta quinta-feira o clima de “impunidade” da maioria absoluta socialista que se acha “dona disto tudo” e acusa ainda Augusto Santos Silva de fazer parte de um “jogo de cumplicidade” com André Ventura.

“[O Governo] está a fazer dos portugueses tontos e o PS julga-se dono disto tudo”, atira Hugo Soares, criticando a combinação de perguntas e respostas entre a ex-CEO da TAP e o PS para a audição no Parlamento.

O secretário-geral do PSD lamenta a forma como o Governo socialista trata os assuntos do Estado, confundindo a maioria absoluta com “poder absoluto”, defendendo que o que se passou foi um “simulacro, uma simulação de democracia”.

Aponta ainda críticas à “leviandade” com que o Governo trata assuntos sérios, ironizando com as trocas de mensagens no WhatsApp, como “aqueles grupos que toda a gente tem”.

“É assim que o Governo gere o país”, sublinha.

Acusa também o primeiro-ministro de ter perdido toda a autoridade política e de ter um Governo composto por “meios-ministros” que se vão arrastando num cenário de degradação.

“Chega a ser confrangedor, a causar alguma vergonha”, confessa.

Hugo Soares diz que há um sentimento de impunidade no seio do Governo, afirmando que alguns membros do Executivo e até o primeiro-ministro se sentem “inimputáveis”.

O “jogo de cumplicidade” entre Santos Silva e Ventura

Questionado sobre a postura de Augusto Santos Silva em relação ao protesto dos deputados do Chega no discurso de Lula da Silva no Parlamento, Hugo Soares é direto: o presidente da Assembleia da República “tem prestado um péssimo serviço” enquanto segunda figura do Estado português.

O secretário-geral do PSD acusa Santos Silva de “não despir a camisola do PS” e de ser o “intérprete máximo” da estratégia que acusa do PS de ter: fazer crescer a extrema-direita, pensando que com isso estão a tirar votos ao PSD.

“Não há dia nenhum que Augusto Santos Silva não prepare uma cena no Parlamento empolando André Ventura. É um jogo de cumplicidade que dá jeito aos dois”, conclui.

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