Queda do BES

Nova administração do Novo Banco passa a ser composta por apenas quatro membros

A nova equipa de gestão do Novo Banco liderada  por Stock da Cunha entrou em funções, sendo constituída por apenas quatro  administradores, entre os quais, o presidente, revelou hoje a instituição  financeira num comunicado enviado ao supervisor.  

O comunicado enviado pelo Novo Banco não faz qualquer referência à venda imediata do mesmo.
© Hugo Correia / Reuters

"Informa-se que, na sequência da deliberação do Conselho de Administração  do Banco de Portugal de 16 de setembro de 2014, a composição do Conselho  de Administração do Novo Banco é a partir da presente data a seguinte: Dr.  Eduardo Stock da Cunha (presidente), Dr. Jorge Freire Cardoso, Dr. Vítor  Fernandes e Dr. José João Guilherme", lê-se no documento que está disponível  no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).  

Isto significa que a nova equipa de gestão do Novo Banco entrou hoje  em funções, permitindo a saída de Vítor Bento (presidente), José Honório  (vice-presidente) e João Moreira Rato (administrador financeiro) da entidade,  tal como pretendiam.  
  
Mais, segundo o comunicado do Novo Banco, os outros quatro administradores  que exerciam funções na instituição - João Freixa e Jorge Martins, que tinham  transitado da anterior administração do Banco Espírito Santo (BES), e João  Mello Franco e Miguel Rio-Tinto (que integravam a equipa de Vítor Bento)  - renunciaram aos cargos.  
  
Estes quatro responsáveis "tomaram a iniciativa de hoje apresentar  o pedido de renúncia aos cargos de membros do Conselho de Administração",  informou o Novo Banco, o que significa que a equipa de gestão da instituição  é reduzida de sete para quatro elementos.  
  
O Banco de Portugal confirmou no domingo que Eduardo Stock da Cunha  foi o escolhido para suceder a Vítor Bento na liderança do Novo Banco, depois  de o último ter pedido para deixar o cargo na semana passada, apenas dois  meses depois de ter sido nomeado.  
  
No dia 03 de agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, depois  de o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros,  e anunciou a separação da instituição em duas entidades distintas.  
  
No chamado banco mau ('bad bank'), um veículo que mantém o nome BES  mas que está em liquidação, ficaram concentrados os ativos e passivos tóxicos  do BES, assim como os acionistas.  
  
No 'banco bom', o banco de transição que foi chamado de Novo Banco,  ficaram os ativos e passivos considerados não problemáticos.  
  
Lusa

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