Gaza

Número de palestinianos mortos já ultrapassa os 500

Pelo menos nove palestinianos, incluindo sete crianças, morreram hoje em mais um raide aéreo da aviação israelita na Faixa de Gaza. De acordo com os médicos, o número de mortos palestinianos ultrapassa os 500. O Conselho de Segurança da ONU, reunido de emergência, pede cessar fogo imediato.

Pelo menos nove palestinianos, todos da mesma família e incluindo sete crianças, morreram hoje num raide aéreo de Israel na Faixa de Gaza, revelaram fontes médicas. O porta-voz dos serviços de emergência, Ashraf al-Qudra, explicou que as vítimas foram mortas quando a aviação atacou a casa onde se encontravam.

As autoridades médicas de Gaza revelaram entretanto terem sido recuperados mais 16 corpos do último raide aéreo israelita no domingo, elevando a 502 o número de vítimas mortais da ofensiva de Israel na região.

Além das vítimas palestinianas diversas fontes referem ainda 18 mortos, entre os quais dois norte-americanos, entre as forças israelitas.

Conselho de Segurança preocupado com aumento das vítimas pede cessar-fogo

Reunido de emergência em Nova Iorque, o Conselho de Segurança das Nações Unidas manifestou "preocupação relativamente ao crescimento do número de vítimas", disse o embaixador Eugene Richard Gasana, que lidera o órgão de 15 Estados.

O mesmo responsável disse também que os membros do Conselho de Segurança "pediram o fim das hostilidades" entre Israel e Gaza.

Também o Presidente norte-americano apelou domingo a um "cessar-fogo imediato" em Gaza, depois do registo de mais de 100 mortos no que foi o dia mais sangrento da ofensiva israelita na região.

Barack Obama enviou o Secretário de Estado John Kerry ao Cairo e falou, pela segunda vez em três dias, com o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu. Na conversa telefónica, Obama expressou a sua preocupação pelo número de vítimas mortais, num confronto que fez também 13 vítimas do lado das tropas de Israel.

O Presidente dos EUA condenou também os ataques do Hamas contra Israel e levantou sérias preocupações pelo crescente número de vítimas, incluindo os civis palestinianos e os militares de Israel.

Médicos Sem Fronteiras pedem a Israel que pare de bombardear civis

A organização Médicos Sem Fronteiras apelou a Israel para parar de bombardear civis e respeitar o pessoal médico e as unidades de saúde. Os Médicos Sem Fronteiras sublinham que desde o início da ofensiva que a maioria das vítimas mortais são civis e que no hospital Al-Shifa, onde a organização trabalha, a maioria dos feridos que chegam aos serviços de emergência são mulheres e crianças.

A organização acrescenta também que metade dos feridos que chagam à reanimação, acaba por morrer e que os restantes necessitam de cirurgias de emergência, sendo que metade deles são crianças.

Com Lusa

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