Pelo menos nove palestinianos, todos da mesma família e incluindo sete crianças, morreram hoje num raide aéreo de Israel na Faixa de Gaza, revelaram fontes médicas. O porta-voz dos serviços de emergência, Ashraf al-Qudra, explicou que as vítimas foram mortas quando a aviação atacou a casa onde se encontravam.
As autoridades médicas de Gaza revelaram entretanto terem sido recuperados mais 16 corpos do último raide aéreo israelita no domingo, elevando a 502 o número de vítimas mortais da ofensiva de Israel na região.
Além das vítimas palestinianas diversas fontes referem ainda 18 mortos, entre os quais dois norte-americanos, entre as forças israelitas.
Conselho de Segurança preocupado com aumento das vítimas pede cessar-fogo
Reunido de emergência em Nova Iorque, o Conselho de Segurança das Nações Unidas manifestou "preocupação relativamente ao crescimento do número de vítimas", disse o embaixador Eugene Richard Gasana, que lidera o órgão de 15 Estados.
O mesmo responsável disse também que os membros do Conselho de Segurança "pediram o fim das hostilidades" entre Israel e Gaza.
Também o Presidente norte-americano apelou domingo a um "cessar-fogo imediato" em Gaza, depois do registo de mais de 100 mortos no que foi o dia mais sangrento da ofensiva israelita na região.
Barack Obama enviou o Secretário de Estado John Kerry ao Cairo e falou, pela segunda vez em três dias, com o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu. Na conversa telefónica, Obama expressou a sua preocupação pelo número de vítimas mortais, num confronto que fez também 13 vítimas do lado das tropas de Israel.
O Presidente dos EUA condenou também os ataques do Hamas contra Israel e levantou sérias preocupações pelo crescente número de vítimas, incluindo os civis palestinianos e os militares de Israel.
Médicos Sem Fronteiras pedem a Israel que pare de bombardear civis
A organização Médicos Sem Fronteiras apelou a Israel para parar de bombardear civis e respeitar o pessoal médico e as unidades de saúde. Os Médicos Sem Fronteiras sublinham que desde o início da ofensiva que a maioria das vítimas mortais são civis e que no hospital Al-Shifa, onde a organização trabalha, a maioria dos feridos que chegam aos serviços de emergência são mulheres e crianças.
A organização acrescenta também que metade dos feridos que chagam à reanimação, acaba por morrer e que os restantes necessitam de cirurgias de emergência, sendo que metade deles são crianças.
Com Lusa