O secretário-geral do PS voltou a juntar-se a Marta Temido este domingo em Resende, na Festa da Cereja. Na bagagem trazia ataques ao Governo pela impunidade por continuar a ter publicações e anúncios nas redes sociais já proibidos pela Comissão Nacional das Eleições (CNE) e pela consultora envolvida no plano de emergência para a saúde.
“Das questões levantadas, a mais relevante para nós e para mim é saber se esta consultora privada teve acesso a bases de dados muito importantes do SNS, nomeadamente o sistema de informação de doentes e por patologias e por região porque isto é informação muito relevante para a organização da oferta de cuidados de saúde”, disse o socialista.
Um dia depois de ter pedido ao Governo para esclarecer se houve uma empresa privada envolvida no plano de emergência para a saúde e de o ministério ter admitido que contratou uma consultora privada para “organizar e estruturar” o trabalho da 'task force' responsável pelo plano, Pedro Nuno Santos voltou à carga porque faltam esclarecimentos.
“[A empresa] teve acesso a este tipo de base de dados do SNS que está num sistema que tem grupos privados a operar”, "são dados muito sensíveis, como podem imaginar”, disse, apontando a importância que têm para o setor privado da saúde.
Em resposta, o gabinete da ministra da Saúde explica que “para organizar e estruturar os contributos/trabalho da ‘task force’ foi contratada uma consultora privada, a IQVIA Solutions, que faz parte da bolsa de consultoras que tem trabalhado com o universo Ministério da Saúde nos últimos anos”.
Já o primeiro-ministro, Luís Montenegro respondeu que a matéria “não tem pés nem cabeça”.