Chegou o momento. 1.070 dias depois de uma final que coroou a Itália, está de regresso o Campeonato da Europa de futebol. Três anos após a primeira edição distribuída por 11 cidades europeias, o Euro volta a ter uma só ‘casa’: a Alemanha.
A seleção germânica é, por isso, a primeira a entrar em ação no torneio, perante a Escócia, no jogo de abertura do grupo A (que integra também a Hungria e a Suíça), que se disputa a partir das 20:00, na Allianz Arena, em Munique.
Se de um lado temos uma potência do futebol do “velho continente”, tricampeã europeia (1972, 1980 e 1996), do outro está uma seleção que participa apenas pela quarta vez (depois de ‘92, ’96 e 2020) na fase final de um Europeu, nunca tendo ido além da fase de grupos.
A figura da Alemanha: Toni Kroos
Podia ser Musiala ou Wirtz, dois jovens que já são realidade e que vão, certamente, marcar o futuro da seleção alemã. Mas aqui ainda reina a experiência de Toni Kroos, que, aos 34 anos, está a fazer uma das melhores épocas da carreira.
E há, neste caso, um fator simbólico: o Euro 2024 é a última grande competição de Toni Kroos, que anunciou recentemente que se vai retirar ao final da temporada. Pelo Real Madrid, encerrou um vitorioso ciclo com chave de ouro, conquistando a Liga dos Campeões pela quinta vez na carreira.
Quase três anos depois de afirmar que não voltaria a jogar pela seleção - no final do Euro 2020 - o craque regressa para disputar o torneio em casa. A Alemanha, que não tem feito boa figura nas últimas grandes competições, confia em Kroos para ser o cérebro da equipa. É a última dança de um dos melhores médios de sempre.
A figura da Escócia: Andy Robertson
O craque da Escócia é também sinónimo de experiência. Andy Robertson é o capitão e o dono do corredor esquerdo, podendo jogar aberto ou por dentro, numa equipa sem o mesmo talento que encontra diariamente nos treinos do Liverpool.
Aos 30 anos, Robertson está desde os 20 na Premier League - quando começou a ser convocado para a seleção - a jogar com e contra os melhores. É, há várias temporadas, um dos principais laterais da Liga inglesa e do mundo.
A Escócia nunca foi além da primeira fase, seja em Europeus ou em Mundiais, mas conta com a qualidade e a experiência de Robertson (e também de McTominay, do Manchester United, e de McGinn, do Aston Vila) para sonhar na Alemanha.
- Onze provável da Alemanha: Neuer; Kimmich, Rüdiger, Tah e Mittelstädt; Andrich e Kroos; Musiala, Gündoğan e Wirtz; Havertz.
- Onze provável da Escócia: Gunn; Ralston, Porteous, Hendry, Tierney e Robertson; McTominay, Gilmour, McGregor e McGinn; Adams.
O jogo inaugural do torneio terá uma equipa de arbitragem liderada pelo francês Clément Turpin.