Ainda é só a primeira fase da campanha eleitoral de Marques Mendes à Presidência da República e já há preocupações com as contas e despesas que cada ação acarreta. Luís Marques Mendes tem estado a pagar este arranque com dinheiro próprio.
Assume para já todas as despesas, com número de identificação fiscal pessoal, uma informação revelada esta sexta-feira pelo jornal Expresso e confirmada pela SIC.
A equipa que o acompanha assegura que neste período tudo será feito em modo low-cost, com muita parcimónia nos gastos. Todos os serviços estão a ser contratualizados e pagos à hora. Nesta fase, Marques Mendes tem apenas duas despesas fixas. Uma com o aluguel de um carro e outra com o vencimento mensal da assessora de imprensa contratada.
Marques Mendes também já está a tratar do pedido de um empréstimo bancário. É medida usual entre todos os candidatos. O dinheiro irá assegurar os custos da campanha eleitoral quando ela oficialmente começar. É que a Entidade das Contas e Financiamentos Políticos considera apenas gastos de campanha aqueles que forem realizados nos seis meses anteriores às eleições. Portanto, só depois de julho, começa a contar.
Marques Mendes conta que todas estas despesas, próprias e da campanha, possam vir a ser reembolsadas, depois das eleições, pela subvenção política a que os candidatos têm direito. Todos os que conseguirem mais de 5% dos votos dos eleitores, são, no final, ressarcidos das despesas, com valores atribuídos em função da votação conseguida.
Dentro da candidatura de Marques Mendes há ainda muitas dúvidas sobre como funciona a lei do reembolso de despesas feitas nesta primeira fase da campanha. Há 10 anos, Maria de Belém Roseira, que era candidata, não chegou aos 5% de votos.
Acabou a campanha presidencial com uma despesa, não ressarcida pela subvenção, de centenas de milhares de euros. A direção do PSD cedo tornou público que apoia a candidatura de Marques Mendes, mas que esse apoio não será financeiro.