Nas eleições de terça-feira, além do próximo presidente dos Estados Unidos da América, os norte-americanos elegem também os 468 membros do Congresso. Sarah McBride, de 34 anos, prepara-se para entrar na história como a primeira transgénero a ser eleita.
A candidata do Partido Democrata fez quilómetros, durante a campanha, mesmo sabendo que tem a eleição para o congresso assegurada.
“A minha viagem pessoal até este momento tem sido uma viagem de regresso à esperança, porque, quando era jovem – creio que, como muitos jovens -, tinha medo. Perguntava-me se o coração deste país era suficientemente grande para amar alguém como eu”, afirma a democrata.
Apesar de constatar a mudança de mentalidades que lhe permitiu traçar um percurso político, Sarah McBride sente também muitas vezes na pele os efeitos do discurso de ódio em relação à comunidade transgénero, sobretudo quando é proferido por candidatos à Casa Branca.
“Esta tática política que Donald Trump e J.D. Vance estão a empregar contra um grupo muito pequeno e vulnerável de pessoas faz parte deuma estratégia de política a mais longo prazo neste país, que é a de fomentar o medo e criar bodes expiatórios (...) para desviar a atenção do facto de estes reacionários de Direita não terem absolutamente qualquer posição política que melhore as condições das pessoas”, declara.
A futura congressista diz que vai representar os interesses da população do Delaware, o estado onde nasceue onde percorreu o que define como o longo caminho para a autenticidade.
“Não estou a fazer isto para fazer História, não estou a fazer isto para ser pioneira, estou a fazer isto para servir, para fazer a diferença”, assegura.