Eleições na Madeira 2024

Cafôfo suspende mandato na AR para ser líder parlamentar na Madeira

O líder do PS na Madeira, que se tinha aliado ao JPP numa tentativa de formar uma solução de governo regional alternativa ao PSD, vai mudar-se mesmo para o arquipélago, por ainda acreditar ser possível “virar a página”.

HOMEM DE GOUVEIA/LUSA

Lusa

O líder do PS/Madeira, Paulo Cafôfo, vai suspender o mandato na Assembleia da República e ocupar o lugar de líder da bancada socialista no parlamento madeirense.

“Eu decidi suspender o meu mandato de deputado à Assembleia da República e vou fazê-lo já nos próximos dias, e vou assumir o meu mandato como deputado na Assembleia Legislativa da Madeira", disse, esta quarta-feira, Paulo Cafôfo à agência Lusa.

O líder socialista madeirense argumentou que esta decisão é um assumir do compromisso com a Madeira e "vai liderar mesmo o grupo parlamentar do PS/Madeira".

"Eu sempre disse que a Madeira é a minha causa, é a causa da minha vida e estaria onde fosse mais útil à minha região. E considero que é útil e o meu contributo é imprescindível na Assembleia Regional neste momento político tão difícil", sublinhou.

Segundo Cafofo, este é o "assumir de uma posição de força, de compromisso e de estar na linha da frente do combate político, num momento (...) muito precário, de muita instabilidade na região".

"A minha experiência e a minha vontade de mudar a região exige que esteja aqui", opinou.

O líder do PS insular, que foi cabeça de lista nas regionais antecipadas de domingo, assegurou que vai "continuar a defender, de forma intransigente os interesses dos madeirenses e porto-santenses" porque está "totalmente empenhado em virar esta página" e em "devolver a esperança, a estabilidade e o futuro à Madeira".

Nas eleições do passado domingo, o PSD foi o partido mais votado, elegeu 19 deputados num universo de 47, mas ficou aquém da maioria absoluta (24 parlamentares).

Um dia depois das eleições, PS e JPP, que juntos somam 20 deputados, anunciaram um entendimento para uma alternativa de governo, visando afastar o PSD. Contudo, o representante da República, depois de ouvir na terça-feira as sete forças políticas eleitas, decidiu indigitar o social-democrata Miguel Albuquerque para voltar a formar governo.

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