Estas ainda não são contas finais, porque falta apurar os votos da emigração e quatro deputados. Mas, por esta altura, os partidos já podem ir fazendo contas aos orçamentos com as subvenções estatais pelos votos que tiveram.
A AD venceu as eleições e encaixa mais 460 mil euros do que há um ano. No total, são 6,8 milhões de euros para a coligação entre PSD, CDS e PPM.
Com um dos piores resultados de sempre, o PS tem também uma perda significativa de apoios do Estado. Se há um ano recebeu à volta de 6 milhões de euros, agora fica-se pelos 4,9, perdendo mais de 1,3 milhões de euros.
Em trajetória ascendente está o partido de André Ventura, que só em apoios do Estado vai receber 4,7 milhões de euros, mais de 700 mil euros do que já recebia.
O Iniciativa Liberal ganha mais de um milhão de euros e soma as contas mais 65 mil euros. O Livre de Rui Tavares ganha mais 193 mil euros e aproxima-se dos 900 mil euros de subvenção.
ADN não entra no Parlamento, mas vai receber 275 mil
A CDU perdeu um deputado e perdeu também 68 mil euros. Mas uma das grandes quedas financeiras é a do Bloco de Esquerda, que há um ano recebia mais de 930 mil euros e passa agora a receber 415 mil. Inês Sousa Real conseguiu a reeleição, mas perde dinheiro. Passa de 428 para 282 mil euros.
O JPP consegue entrar pela primeira vez no Parlamento e junta 70 mil euros em apoios do Estado. Entre os que não entram mas ganham está o ADN que vai receber 275 mil euros por ano.
Cada deputado tem direito a 2 mil euros
Cada voto vale assim quase 3,5 euros a cada partido com mais de 50 mil votos ou um deputado eleito.
Para além desta subvenção, os partidos têm depois somados a estes valores os mais de 2 mil euros por deputado para despesas do grupo parlamentar.