Eleições Legislativas

"Não interessa a Luís Montenegro estar a hostilizar o Chega"

Na análise à atualidade política nacional, Rui Pedro Antunes destaca os últimos desenvolvimentos pós-eleitorais, depois das primeiras audiências dos partidos com o Presidente da República.

SIC Notícias

O Presidente da República ouve esta quarta-feira a Iniciativa Liberal e o Livre, na terça ouviu os três maiores partidos e tudo indica que a AD não está a olhar para o PS como um parceiro preferencial. Para Rui Pedro Antunes, editor de Política do Observador, o "não é não" mantém-se para "qualquer tipo de acordo formal duradouro ou qualquer espécie de geringonça".

"A AD neste momento quer que o PS e o Chega estejam exatamente no mesmo plano para não dar todo o flanco ou toda a oposição ao Chega e, portanto, dá-lhe jeito dizer que a oposição deve ser igualmente responsável. E também não interessa a Luís Montenegro, neste momento, estar a hostilizar o Chega ou a fazer declarações contra o Chega", refere Rui Pedro Antunes.

O editor de Política do Observador considera que Luís Montenegro não tinha grande alternativa a dizer que está disposto a conversar com o Chega. Questionado sobre se os eleitores da AD não se vão sentir defraudados por existir esta abertura, Rui Pedro Antunes responde:

"Não, na verdade acho que os eleitores da AD estão mais interessados em que o Governo continue a governar, sem grandes entropias. (...) Creio que para a semana, nessa segunda ronda de reuniões, é que vai ser fundamental e vai ser fechado, e eu creio que é o grande objetivo do Presidente da República que o Governo entre em plenitude de funções vai ser mais ou menos assegurado e até pode ser assegurado pelos dois. Não estou a ver o próprio PS e o Chega a terem vontade de votar a favor da moção de rejeição ao programa de Governo, apresentada pelo PCP".

Marcelo Rebelo de Sousa diz que os partidos recebidos esta terça-feira em Belém estão empenhados em encontrar estabilidade. O chefe de Estado já tinha dito que esperava um novo governo até aos feriados de junho, mas agora assume uma data concreta. Marcelo quer que o novo executivo entre em funções até ao dia 10 de junho.

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