A derrota do Partido Socialista nas legislativas é vista como o resultado direto da estratégia falhada de Pedro Nuno Santos, segundo Bernardo Ferrão e José Gomes Ferreira.
“Se o PS está neste estado, deve-se a Pedro Nuno Santos, claramente (...) Pedro Nuno Santos viu o seu partido a perder quase 400 mil votos, 19 deputados… um resultado trágico para o Partido Socialista e com repercussões em toda a esquerda”, afirma Bernardo Ferrão.
Com a saída de Pedro Nuno Santos, o PS entra agora num período de reconstrução, que poderá durar anos. José Gomes Ferreira defende que o partido deve ser “garante de estabilidade” para travar o avanço do Chega, contribuindo para a aprovação dos próximos orçamentos e evitando coligações negativas.
“Se a nova liderança perceber que precisa de tempo para refundar o partido, deve contribuir para a estabilidade”.
Quanto à sucessão interna, surgem os nomes de Fernando Medina e Sérgio Sousa Pinto, mas Bernardo Ferrão acredita que será José Luís Carneiro a avançar.
País quer ser governado à direita
Para José Gomes Ferreira, o resultado eleitoral reflete uma nova fase no sentimento político nacional.
“O país quer ser governado à direita. Já não é apenas uma maioria sociológica — agora é uma vontade clara”.