Eleições Legislativas

Paulo Raimundo: "Afirmámos a CDU como uma grande força de coragem, seriedade e confiança"

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, afirmou que a CDU teve um 'resultado de resistência' nas eleições legislativas, destacando a coligação como 'a grande força de coragem, seriedade e segurança'. Raimundo alertou para o perigo de uma 'agenda retrógrada, neoliberal e antissocial' com a maioria parlamentar de direita, mas recusou falar em vitória ou derrota.

SIC Notícias

O secretário-geral do PCP afirmou, este domingo, em Lisboa que a CDU teve "um resultado de resistência", perante um quadro marcado pelo perigo "da intensificação da agenda retrógrada, neoliberal e antissocial".

"Nesta campanha, nesta luta, afirmámos a CDU como a grande força de coragem, seriedade e segurança", declarou Paulo Raimundo deixando uma saudação especial para "a juventude" que "com a sua participação e combatividade, deu a esta campanha uma expressão de grande dinâmica e que vai ter frutos".

Ainda assim, e num momento em que estão eleitos três mandatos, Raimundo disse, porém, que "o resultado da CDU, marcando resistência num quadro exigente, não reflete o apoio na campanha e o que a situação do país exigia".

Mas, garantiu, "cada voto conta na CDU e nenhum voto na CDU será desperdiçado". Paulo Raimundo disse ainda que acredita que a coligação PCP/PEV consiga eleger mais um deputado e manter os quatro que tinha.

Paulo Raimundo recusa falar em vitória ou derrota

O líder comunista assumiu que a maioria da Assembleia da República composta por AD, Chega e Iniciativa Liberal (IL), "independentemente dos arranjos que se venham a verificar entre essas forças, comportam o perigo da intensificação da agenda retrógrada, neoliberal e antissocial".

Recusando falar em vitória ou derrota, Paulo Raimundo apontou para um quadro exigente, antevendo um combate a uma "revisão subversiva da Constituição da República" (AD, Chega e IL têm mais de dois terços necessários para uma revisão constitucional).

União à esquerda?

Paulo Raimundo, quando questionado sobre união à esquerda, escusou-se a clarificar que diálogo poderá surgir.

Apesar de dizer que "todos são poucos para a batalha para enfrentar a direita" e que "todos os que vierem para esse combate serão bem-vindos", o líder comunista disse que a CDU não ficará "à espera de ninguém".

"Vamos tomar a iniciativa, como sempre o fizemos, de combate e proposta. É isso que nós vamos fazer. Vamos fazê-lo amanhã nas ruas, vamos fazê-lo na Assembleia da República e em todas as áreas de intervenção", vincou.

Paulo Raimundo afirmou que está "aberto ao diálogo, mas nos locais de trabalho", nos centros de saúde e hospitais, entre outros locais.

"Os resultados não foram o que nós precisávamos de ter tido mais votos e mais força, mas isso não belisca em nada este extraordinário coletivo", frisou o líder comunista, cujas respostas à comunicação social terminaram invariavelmente com palavras de ordem e aplausos dos apoiantes que enchiam a sala.

- Com Lusa

Últimas