Já são conhecidas algumas medidas a serem implementadas pela Aliança Democrática (AD).
Se Luís Montenegro for indigitado primeiro-ministro, o Governo da AD vai atribuir o suplemento de risco às forças de segurança, recuperar o tempo de serviço dos professores e definir o plano de emergência para o SNS.
Estas medidas são comuns aos programas do Chega e do PS. Por isso, têm mais probabilidade de serem aprovadas pelos dois partidos.
Estará Ventura disposto a viabilizar um Governo da AD?
Recorde-se que o Chega já admitiu chumbar o Orçamento do Estado do novo Governo se não houver abertura por parte da AD para negociar sobre a composição do Governo.
“Se não houver nenhuma negociação, isso é humilhar o Chega e então eu votarei contra o Orçamento”, disse André Ventura em entrevista à TVI.
Entretanto, na terça-feira, Gonçalo da Câmara Pereira defendeu um acordo entre Luís Montenegro e André Ventura pela “estabilidade” do país.
Em entrevista à Antena 1, o presidente do PPM - partido que integra a coligação Aliança Democrática (AD) - disse que não se "assustava" com uma abertura ao Chega e explicou que a vontade dos portugueses não pode ser ignorada.
É uma posição contrária à do líder da coligação, Luís Montenegro, que continua a garantir que não haverá acordo.
Novo primeiro-ministro só depois do resultado das comunidades
O Presidente da República já informou que só indigitará o novo primeiro-ministro depois de conhecidos os resultados dos círculos eleitorais dentro e fora da Europa.
Elegem, cada um, dois deputados. Os resultados devem ser conhecidos dia 20 de março, no mesmo dia que termina a ronda de audiências em Belém, com Marcelo Rebelo de Sousa a receber a Aliança Democrática.
O objetivo de Marcelo Rebelo de Sousa é ouvir todos os partidos e coligações que estarão representados na Assembleia da República, tendo em conta os resultados provisórios.