O PCP celebrou esta quarta-feira 103 anos de vida. O mais antigo partido português está numa posição diferente daquela que já teve, mas o secretário-geral dos comunistas acredita que vai ser a grande surpresa da noite eleitoral no próximo domingo.
O secretário-geral dos comunistas visitou, esta quarta-feira, os estaleiros da Lisnave, em Setúbal.
Quase todos os trabalhadores chegam meio a dormir. Uns têm pressa de pôr mãos à obra, mas outros pararam para ouvir o que Paulo Raimundo tinha para lhes dizer e para receber um papel onde se lia que o PCP faz 103 anos.
“Enfrentámos todas as incógnitas ao longo de 103 anos e ultrapassámo-las todas, e só por uma razão porque ligados aos trabalhadores. E vai ser essa ligação aos trabalhadores que vai resolver todas as incógnitas, e vamos ser a grande surpresa da noite eleitoral”, afirmou Paulo Raimundo.
O PCP fez esta quarta-feira 103 anos e espera, daqui a alguns dias, dar nas vistas. Para já, promete uma surpresa à população.
De seguida, o líder comunista seguiu viagem até à Baixa da Banheira, onde algumas centenas de pessoas se juntam numa arruada.
Foi na Baixa da Banheira que Paulo Raimundo lançou um desfio à esquerda.
“O PS está ou não está disponível para acompanhar o PCP, a CDU, nesta justa reivindicação deste choque salarial de alta voltagem. E agora, porque é agora que ele faz falta”, disse Paulo Raimundo na Baixa da Banheira.
Aos 103 anos, o PCP sobreviveu à queda do muro, da União Soviética e à morte do histórico líder, Álvaro Cunhal, mas nas últimas eleições há dois anos, o partido ficou com o número de deputados mais pequeno de sempre.
O receio de que essa queda continue, marca a campanha eleitoral comunista desde que começou.