Centenas de trabalhadores da Teleperformance estão esta segunda-feira concentrados, em Lisboa, reivindicando o aumento dos salários e o fim dos cortes nos prémios. Também os líderes do Bloco de Esquerda (BE) e do Partido Comunista Português (PCP) se juntaram ao protesto.
Pelas 14:00, os trabalhadores, em greve, juntaram-se em frente ao City Center, em Entrecampos, Lisboa, com bandeiras do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV) e cartazes, onde se podem ler frases como: "Todos Pobres" ou "Teleperformace -- Worst Place to Work" (Pior sítio para trabalhar).
"A TP (Teleperformance) pratica o salário mínimo nacional. Agora como foi obrigada a aumentar, em muitos casos, tirou os 60 euros do bónus, que são prémios voláteis", afirmou a dirigente do SINTTAV, Ana Costa, em declarações à Lusa.
Os trabalhadores exigem ainda a progressão salarial de acordo com a antiguidade na empresa, o fim dos cortes nos bónus e da obrigatoriedade do pagamento do subsídio de refeição em cartão de refeição.
“Paga salários de miséria”, diz Mortágua sobre Teleperfomance
Também a líder bloquista esteve presente na manifestação dos trabalhadores da Teleperformance, em Lisboa. Diz que a empresa se recusa a pagar salários decentes.
“É um protesto histórico da Teleperformance, que é uma empresa multinacional. Quando a direita diz que é preciso atrair empresas multinacionais, aqui está um exemplo do modelo errado. É uma empresa que é atraída pelos baixos salários, paga salários de miséria, que se recusa a aumentar o salário base para os 820€ euros”, afirma Mariana Mortágua.
“Salários não são bónus, salários não são prémios", defende Raimundo
O líder da CDU também se juntou ao protesto dos trabalhadores da Teleperformance. Paulo Raimundo sublinha que nada justifica que não haja aumento dos salários.
“Não há nada que justifique estes milhões e milhões de lucros, e a vida de cada um de nós está cada vez mais apertada. Não!”, afirmou Paulo Raimundo.
Acrescentando: “Precisamos de ser valorizados, respeitados e precisamos de ter uma coisa com a qual se paga as contas, a renda, a alimentação, que é salários. Salários não são bónus, salários não são prémios. Salários são aquilo que cai ao final do mês e de forma certa.”
Com Agência Lusa