Se Luís Montenegro (AD) optou por apelar ao voto útil, o adversário liberal Rui Rocha apostou em sublinhar que a convergência é possível após o dia 10 de março: “A solução para o país está nesta mesa”, afirmou.
Entre os vários temas que foram debatidos, durante cerca de 30 minutos, o destaque vai para o que une os candidatos na Saúde e a diferença (insanável) para, por exemplo, a Caixa Geral de Depósitos (CGD).
O tom foi cordial, neste que foi o último debate televisivo para Rui Rocha, com o impasse político na Madeira a lançar Luís Montenegro para a discussão. Sem hesitar, o social-democrata declarou que a condição de arguido de Miguel Albuquerque “não diminui a capacidade de governar”. Do outro lado da mesa, Rui Rocha reiterou que a solução para o arquipélago são eleições.
Mas se neste ponto se afastam, na Saúde há, segundo o social-democrata, “terreno comum” que é possível trilhar. A essa propósito, em pleno debate, Montenegro recebeu do adversário um presente: “10 desafios ao PSD para um Portugal com futuro”. Aceitou mas sobre o ponto 5 (redução fiscal), o candidato da AD optou por destacar as “diferenças”.
E o pacto na Justiça? É mesmo para todos, até para o Chega? “Todos, todos, todos”, assegurou Montenegro porque, disse, “uma sociedade justa é superior a qualquer querela partidária”. Rui Rocha quer esperar por tempos menos quentes, como os que atravessamos de campanha eleitoral.