O líder do Partido Popular Monárquico (PPM), Gonçalo da Câmara Pereira, disse, em entrevista à Rádio Renascença (RR), que não foi convidado a representar o presidente do PSD, Luís Montenegro, em qualquer debate televisivo. Ainda assim, o dirigente de um dos partidos da Aliança Democrática (AD) - resultante da coligação PSD/PPM/CDS-PP - não se mostrou preocupado com a falta de convite.
Chegou esta sexta-feira a confirmação que o líder do PSD, Luís Montenegro, vai marcar presença no debate marcado para este sábado com Paulo Raimundo (PCP), pondo fim à polémica dos últimos dias.
A confirmação, que abrange também o debate com o Livre, surge após um acordo com as televisões, que pode ler na íntegra.
Em entrevista à RR, o líder do PPM defende que a ideia de Luís Montenegro ser substituído nos debates televisivos por Nuno Melo, líder do CDS-PP, não o choca, garantindo ainda que não ter sido colocada a ideia de ser o próprio a substituir o Montenegro não o melindra nem marginaliza.
“O PPM há de ter o seu espaço e o seu tempo para aparecer”, acrescentou.
Questionado se ficou chocado por não ser sido convidado, o líder monárquico desvalorizou a situação: "Não me preocupo..
“Acho que é o líder da coligação que tem essa função... de fazer os debates ou nomear alguém para fazer debates”, afirmou, esclarecendo que não recebeu qualquer convite.
Questionado ainda os motivos pelos quais não tem surgido nas iniciativas organizadas por Luís Montenegro, Gonçalo esclarece não ter tido tempo.
“Não, não tenho tido tempo. Ainda não atuei porque estamos na pré-campanha, não estamos na campanha. E agora vou apoiar a Madeira. Na Madeira o PPM vai sozinho”, declara.
Após o jornal Diário de Notícias ter avançado que Luís Montenegro seria substituído nos debates televisivos, frente ao PCP e ao Livre, por Nuno Melo surgiram algumas críticas.
O PCP afirmou em comunicado que Montenegro estaria a “fugir ao debate”, enquanto que Rui Tavares, do Livre, se mostrou disponível para reagendar o debate com o líder do PSD.
A RR perguntou a Gonçalo da Câmara Pereira se este não se sentiu marginalizado por não ter sido perspetivado na equação, ao que o líder do PPM respondeu negativamente.
“Não. Não me sinto minimamente marginalizado. Estivemos na parte da formação do programa, discretamente, como nós sempre fomos, e na altura [própria] se verá o que é que vou fazer. Nuno Melo também não tem aparecido muito, porque está lá em Bruxelas. Logo se vê”, clarificou, acrescentado que “a seu tempo” irá aparecer.
“Não me agrada, nem desagrada. Não faço questão. A seu tempo irei aparecer. Acho que agora é o tempo deles. O PPM há de ter o seu espaço e o seu tempo para aparecer”, conclui.