Parece ter sido sol de pouca dura a polémica dos últimos dias sobre a recusa de o líder do PSD participar no debate com o PCP, agendado para amanhã na RTP1, e com o Livre, no próximo dia 17 na TVI. As televisões e Luís Montenegro chegaram a acordo e tudo se mantém, em parte, como previsto.
Acontece que, a agenda do social-democrata prevê para este sábado um comício em Penafiel durante a tarde, pelo que a hipótese que está em cima da mesa, sabe a SIC, é participar no frente a frente com Paulo Raimundo mas nos estúdios da televisão pública no Porto.
E o que diz o acordo com as televisões? Sublinhando, desde logo, “a importância dos debates televisivos entre os partidos com assento parlamentar” e, tendo em conta “a diferença de opiniões com a direção de campanha da Aliança Democrática (AD) sobre o quadro legal” em que os debates decorrem, as três televisões referem:
- concordar em que a posição legal manifestada pela AD sobre a representação das coligações é perfeitamente legitima e está plasmada na lei;
- reiterar que as televisões têm sobre este ponto uma opinião jurídica diferente, que decorre sobretudo da prática da CNE e da ERC;
- reconhecer que durante o processo negocial o representante da AD manifestou a intenção de indicar Nuno Melo para alguns debates;
- reiterar que, na altura, a posição das televisões sobre este tema pode não ter ficado clara, tendo contribuído para este mal-entendido, que lamentam. Ainda assim foi sempre entendimento das três televisões que os debates propostos envolviam exclusivamente os líderes dos partidos e coligações com representação parlamentar;
- sublinhar que em nenhum momento a posição das televisões decorreu de alguma posição contra o CDS, mas tão-só do entendimento que fazem do quadro legal e da exclusiva representação de partidos com assento parlamentar;
- sublinhar a boa vontade manifestada pela AD em resolver este problema em todas as conversas tidas ao longo das últimas semanas.
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