Eleições Legislativas

Legislativas: sindicato quer propostas do PS para enfermeiros aplicadas rapidamente

De acordo com o programa eleitoral socialista, “é essencial continuar a política de reforço dos recursos humanos da saúde, promovendo a motivação pelo trabalho no SNS, o equilíbrio entre a vida familiar e profissional e a contínua evolução científico profissional, com foco na melhoria das carreiras profissionais”.

O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal saúda, esta terça-feira, a disponibilidade de diálogo demonstrada por António Costa na noite das legislativas, no domingo, mas apela à concretização das propostas do PS para o setor “com a maior brevidade possível”.

“Com a decisão popular de uma maioria absoluta registamos com agrado o anúncio do reforço do diálogo, tão necessário a uma efetiva democracia. Acreditamos que o primeiro-ministro, António Costa, irá prestigiar a política, cumprindo o que está inscrito no programa do seu partido em relação aos enfermeiros. É de elementar justiça”, destaca o presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor), Carlos Ramalho, citado em comunicado.

O Sindepor considera que estão reunidas as condições ideais para que António Costa possa concretizar, com a maior brevidade possível, o que consta do programa do Partido Socialista (PS), como a valorização das “carreiras dos enfermeiros, designadamente através da reposição dos pontos perdidos aquando da entrada na nova carreira de enfermagem”.

O líder da estrutura refere que o programa do PS tem ainda “outras promessas” que aguardam com expectativa para uma “aplicação real”, como uma “mudança efetiva do SNS [Serviço Nacional de Saúde]”, permitida pelo “novo Estatuto do SNS, a par dos investimentos e reformas previstos no PRR”, bem como “reforçar a autonomia na gestão hospitalar em matéria de contratação de profissionais de saúde”.

Promessas eleitorais do PS

De acordo com o programa eleitoral socialista, “é essencial continuar a política de reforço dos recursos humanos da saúde, promovendo a motivação pelo trabalho no SNS, o equilíbrio entre a vida familiar e profissional e a contínua evolução científico profissional, com foco na melhoria das carreiras profissionais”, refere o sindicato.

A isto acresce “criar e implementar medidas que visam substituir o recurso a empresas de trabalho temporário e de subcontratação de profissionais de saúde, numa aposta clara nas carreiras profissionais e na organização e estabilidade das equipas com vínculo aos próprios estabelecimentos de saúde”, salienta também Sindepor no comunicado.

Carlos Ramalho espera que a promessa eleitoral se torne “realidade o quanto antes” considerando que estão reunidas as condições “com uma maioria absoluta socialista, um PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] com incidência no sector da Saúde, a economia a crescer e um Presidente da República que já defendeu que os enfermeiros devem ser compensados a nível pecuniário”.

Para o responsável deste sindicato, a concretização das promessas contidas no programa do PS permitirão “progressos para uma classe profissional que há demasiados anos não regista quaisquer evoluções”.

“A par destas promessas há muitas outras que gostaríamos de colocar em cima da mesa – vamos ver se o primeiro-ministro irá cumprir a promessa de diálogo – com prioridade para a retoma das negociações sobre a criação de um Acordo Coletivo de Trabalho”, frisa ainda Carlos Ramalho.

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