A subida do custo de vida tem pesado na carteira dos portugueses e os jovens têm sido um dos grupos mais afetados, já que o início de carreira tende a ser a altura em que os salários são mais baixos.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, em maio foram registados mais de 26 mil novos desempregados, sendo que mais de 10 mil eram jovens dos 16 aos 24 anos.
Para combater o desemprego e a precariedade entre os jovens, o Governo criou o programa ‘Avançar’, que dá esta segunda-feira os seus primeiros passos.
O objetivo é empregar 25 mil jovens, com contratos de vínculo permanente e salário superior a €1330 brutos por mês.
Cada um dos jovens abrangidos receberá ainda uma bolsa de €150 mensais durante o primeiro ano de contrato. Salvo se o seu salário exceda os €3800 brutos mensais.
Este programa pretende não só dar emprego a jovens qualificados, como reduzir a precariedade no mercado de trabalho nacional.
Os jovens escolhidos devem ter até 25 anos, formação pós-secundária e estar inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional, o IEFP.
Também durante o primeiro ano de contrato, as empresas têm direito a um apoio que começa nos cerca de €8648, mas que pode ser majorado até aos €12,395 em situações especificas.
São elas:
- No caso de contratação de um jovem com deficiência;
- Desempregados de longa duração;
- Se o empregador partir de um instrumento de regulação coletiva;
- Se o trabalho for no interior do país;
- Ou no caso dessa contratação corrigir a sub-representação de géneros na empresa.
Os empregadores devem assegurar a criação líquida de emprego ou manter o nível de emprego durante pelo menos dois anos. Devem ainda assegurar a formação do jovem e ter a situação tributária regularizada, sem qualquer processo de condenação por violação da lei laboral.
A empresa empregadora terá ainda direito a um desconto na Taxa Social Única.