Crise Política

Moção de confiança: “São o PS e o Chega que vão decidir se há eleições”

Questionado pelos jornalistas sobre as declarações de Manuel Castro Almeida, que admitiu, em entrevista ao Observador, que o Governo poderá retirar a moção de confiança se o PS recuar na comissão de inquérito, Leitão Amaro respondeu que a CPI “ultrapassa e é independente” do processo de clarificação lançado pelo Governo.

Carolina Botelho Pinto

António Leitão Amaro afirmou esta sexta-feira que a moção de confiança é a “última oportunidade” para que a oposição, em particular o PS, demonstre, “de uma vez”, se “entende que existe ou não condições de governabilidade”.

O ministro acusou o Partido Socialista de utilizar uma “tática de degradação” destas condições de governabilidade e deixou uma garantia: “Só há eleições se existir um voto [contra na moção de confiança] do PS e do Chega”.

Questionado pelos jornalistas sobre as declarações de Manuel Castro Almeida, que admitiu, em entrevista ao Observador, que o Governo poderá retirar a moção de confiança se o PS recuar na comissão de inquérito, Leitão Amaro respondeu que a CPI “ultrapassa e é independente” do processo de clarificação lançado pelo Governo.

“O tema essencial não é nem nunca foi a comissão parlamentar de inquérito (CPI). O que está em causa é se a oposição confia e aceita que há condições de governabilidade ou não", esclareceu Leitão Amaro.

O que disse Castro Almeida?

“Acho que se o PS vier declarar que reconhece ao Governo condições para executar o seu programa, se declarar que se considera satisfeito com os esclarecimentos dados e que retira a comissão parlamentar de inquérito, acho que há condições para a moção de confiança poder ser retirada.”

Com chumbo anunciado da moção de confiança, o Presidente Marcelo já prometeu agir “o mais rápido possível”. Marcelo convocará “imediatamente”os partidos - “se possível para o dia seguinte" -, e "o Conselho de Estado para dois dias depois", prometendo "um calendário de intervenção o mais rápido possível".

Já com datas em mente, Marcelo Rebelo de Sousa indicou a possibilidade do país ir a eleições legislativas entre os dias 11 e 18 de maio, entendendo que, desta vez, não é preciso dar espaço para haver uma reorganização política interna nos partidos.

Pedro Nuno chama presidentes das federações

Dois dias antes do debate e votação da moção de confiança, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, vai reunir-se com os presidentes das federações socialistas, adiantou à Lusa fonte oficial do Partido Socialista (PS).

Esta reunião está marcada para domingo de manhã, na sede do PS, em Lisboa.

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