O Presidente da República promete "apagar-se" nesta crise política. Marcelo Rebelo de Sousa veio justificar um silêncio nada usual e diz que no novo contexto político, não irá falar. O Presidente diz que este é o tempo dos partidos e do povo se pronunciar e garante que fará uma leitura da escolha popular na formação do próximo Governo.
Marcelo resistiu duas semanas a não aparecer em público e evitar responder aos jornalistas. Em três semanas de crise política, as intervenções do Presidente contam-se pelos dedos de uma das mãos.
Depois da comunicação ao país, da decisão de eleições a 10 de março, só na Guiné-Bissau se lhe ouviram declarações. No regresso a Portugal passou a assistir ao desenrolar dos acontecimentos fechado no Palácio de Belém.
“O Presidente apaga-se, tem de se apagar”
E para tudo o que se passou tem agora, uma só resposta:
"Nesta fase, que é a fase do tempo dos partidos, dos programas e dos líderes. O Presidente apaga-se, tem de se apagar".
O livro de Paulo Rangel, com Passos Coelho e Manuela Ferreira Leite, foi a ocasião que escolheu para, à saída, voltar a colocar-se em frente aos microfones, mas para, por cerca de 10 minutos, repetir a justificação de que este tempo não é o do Presidente.
O tempo em que voltará a ter intervenção garante que será depois do voto, quando tiver de dar posse a um novo Governo.