Na Grécia foram presentes a tribunal nove homens detidos por tráfico humano no naufrágio de um navio de migrantes e negam todas as acusações. As buscas por centenas de desaparecidos continuam, mas no meio da tragédia também há boas notícias.
O número de mortos confirmados do naufrágio de migrantes na quarta-feira no Mediterrâneo subiu para 81, depois de mais três corpos serem encontrados no sul da Grécia, segundo as autoridades locais.
A embarcação virou-se em águas internacionais ao largo da península do Peloponeso, na noite de terça para quarta-feira, a 87 quilómetros de Pilos, no mar Jónico, sem nenhum dos migrantes a bordo do barco de pesca estar equipado com colete salva-vidas.
Entretanto, segundo a Associated Press, aumentam os relatos de sobreviventes a dizer que, pouco antes de afundar com centenas de pessoas a bordo, o barco estava danificado e a ser rebocado por outro navio, que tem levantado questões sobre a resposta da guarda costeira grega desde que localizou o navio até o naufrágio.
As autoridades em Atenas insistem que o barco de pesca que transportava migrantes da Líbia para Itália não estava a ser rebocado em nenhum momento e que teve apenas uma corda presa por momentos antes de virar e naufragar.
A guarda costeira tem sido criticada por não ter tentado resgatar os migrantes antes do naufrágio, mas argumenta que os migrantes recusaram qualquer assistência e insistiram em seguir para Itália, e reforça que seria muito perigoso retirar centenas de pessoas relutantes de um navio superlotado.
Até agora, apenas 104 sobreviventes foram encontrados e 81 corpos recuperados, mas muitos relatos referem que até 750 pessoas estavam a bordo.