Coronavírus

Covid-19 na China: "Defendemos que a atuação na Europa devia ser coordenada"

Ministro da Saúde diz que assiste com "desgosto" à adoção de medidas por parte de algumas nações europeias.

SIC Notícias

Portugal não vai, para já, adotar medidas restritivas ou de testagem obrigatória a passageiros provenientes da China, por causa da covid-19. O ministro da Saúde garante que não há motivo para alarme e que a situação está a ser monitorizada.

A explosão de infeções por covid-19 na China, depois do fim da política “covid zero”, está a levar alguns países europeus a imporem medidas restritivas aos passageiros oriundos da China, ao contrário do que a União Europeia decidiu.

Espanha, França e Itália são exemplos disso mesmo.

“Se houver uma descoordenação política a nível europeu os países individualmente vão tomar medidas avulso e de forma individual, que não têm eficácia em primeiro lugar e, em segundo lugar, serão desproporcionais e serão exageradas e, para mim, parece-me que é o caso”, aponta Tiago Correia, professor de saúde pública internacional.

Manuel Pizarro, ministro da Saúde, vai ao encontro destas palavras e afirma que assiste com “desgosto” à adoção de medidas por parte de algumas nações.

Garante ainda que Portugal está vigilante e em contacto com as autoridades de saúde internacionais, mas não obrigará à apresentação de testes ou certificados de vacinação a visitantes chineses, o que é, até para alguns especialistas, contraditório.

“Estamos em articulação, o Ministério da Saúde, o Ministério da Administração Interna e o Ministério dos Negócios Estrangeiros para preparar a eventual adoção, se tal se revelar necessário, de medidas de controle(...) Isso será implementado se e quando se revelar necessário”, diz Manuel Pizarro.

Uma aposta na prevenção e não na restrição é, para já, o modelo adotado em Portugal, que só tomará medidas adequadas às circunstâncias se a situação se tornar preocupante.

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