Nas últimas 24 horas, Portugal registou mais 63.833 novas infeções e 44 óbitos devido à covid-19. O boletim epidemiológico, divulgado esta sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS) revela ainda uma nova subida nos internamentos e que quase 1,2 milhões de cidadãos estão em isolamento.
O Norte manteve a tendência. Foi a região que reportou mais casos (27.442) nas últimas 24 horas. Lisboa e Vale do Tejo registou mais 18.657 casos, e o Centro 10.608. As restantes regiões e ilhas seguem mais atrás pela seguinte ordem: Algarve (2.514), Alentejo (2.115), Açores (1.418) e Madeira (1.079).
Com esta atualização, são já mais de 2,5 milhões (2.507.357) os contágios desde o início da pandemia no país e 19.788 o número total de óbitos.
Apesar de o número de novos contágios ter descido ligeiramente face aos últimos dias, os internamentos voltaram a aumentar nas últimas 24 horas e depois de dois dias consecutivos a descer. Estão 2.320 doentes hospitalizados (mais 71 do que ontem), dos quais 152 (mais cinco) em unidades de Cuidados Intensivos.
Um dado de destaque, tendo em conta que caminhamos para o dia das eleições, é que há, neste momento, 1.173.752 pessoas em isolamento – 579.370 (mais 21.241 do que ontem) casos ativos e mais 594.382 (mais 21.147) contactos sob vigilância.
Ainda de segundo o boletim da DGS, nas últimas 24 horas, mais 42.548 pessoas recuperaram da covid-19, totalizando 1.908.199 desde o início da pandemia no país.
Incidência bate novo máximo. Está já acima dos seis mil casos
A matriz de risco foi atualizada, esta sexta-feira, pela DGS e dá conta de um novo máximo na incidência. A nível nacional, a incidência é agora de 6130,9 casos por 100 mil habitantes (era de 5728,4 na última atualização) e de 6108,7 casos por 100 mil habitantes no continente (era de 5683,5).
Quanto ao índice de transmissibilidade (Rt) registou uma ligeira descida face à última atualização. A nível nacional é agora de 1,16 (era de 1,17) e 1,17 no continente (era de 1,18).
Muitos doentes foram internados devido a outras patologias
Os números diferem de hospital para hospital, mas parece existir um padrão comum, que indica que uma parte significativa dos doentes que estão agora internados em enfermarias covid não está ali por causa do SARS-CoV-2.
No Hospital de São João, por exemplo, 99 dos 132 pacientes da ala covid estão positivos e precisam, por isso, de isolamento, mas só ficaram hospitalizados por sofrerem de outras patologias.
No Hospital de Santa Maria, o maior de Lisboa, triplicou o número doentes em enfermaria covid desde o Natal.
À semelhança do que acontece a Norte, também aqui, apesar do teste positivo em metade dos casos a hospitalização deve-se a outras patologias, acidentes ou cirurgias programadas.
EMA dá luz verde ao primeiro medicamento oral
“O Comité de Medicamentos Humanos da EMA (CHMP) recomendou a concessão de uma autorização de comercialização condicional para o medicamento antiviral oral Paxlovid para o tratamento da covid-19”, anunciou esta quinta-feira o regulador europeu em comunicado.
Segundo a agência europeia, este medicamento da farmacêutica Pfizer está recomendado, nesta fase, para adultos que não precisam de oxigénio suplementar e que correm maior risco de desenvolver uma forma grave de covid-19.
O Paxlovid é o primeiro medicamento antiviral administrado por via oral recomendado na União Europeia para o tratamento da covid-19, contendo duas substâncias ativas em dois comprimidos diferentes, que reduzem a capacidade do coronavírus SARS-CoV-2 se multiplicar no corpo, especifica a EMA.
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