Portugal regista hoje mais 3 mortes e mais 121 casos confirmados de Covid-19 em relação a sábado, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado esta tarde.
Desde o início da pandemia até hoje registaram-se 54.102 casos de infeção confirmados e 1778 mortes.
A região Norte registou mais novos casos de Covid-19 do que Lisboa e Vale do Tejo, o que já não acontecia desde meados de maio.
A região de Lisboa e Vale do Tejo regista hoje mais 43 casos de infeção do que no sábado, com um total de 27.931 casos confirmados. Regista também duas das mortes ocorridas nas últimas 24 horas. O outro óbito foi registado na região Norte.
Na região Norte estão confirmados 19.473 casos de Covid-19 desde o início da pandemia, 54 dos quais nas últimas 24 horas; a região centro contabiliza 4.585 casos confirmados (mais um); o Alentejo regista 823 casos confirmados (mais 12), e o Algarve 975 casos (mais 10).
Na região autónoma da Madeira contam-se 130 casos confirmados desde o início da pandemia (mais um nas últimas 24 horas) e nenhum óbito; e nos Açores foi registado mais um caso (185) e mantêm-se as 15 mortes.
Quanto aos óbitos registados, o Norte mantém-se como a região com o total de mortes mais elevado, com 840 registos, o centro tem 253 mortes, a região de Lisboa e Vale do Tejo tem 631, o Alentejo 22 e o Algarve 17 mortos.
Portugal regista hoje 39.697 casos recuperados, mais 112 do que no sábado.
Nas últimas 24 horas o número de doentes internados em cuidados intensivos subiu dos 37 para os 39 e o total de doentes internados nos hospitais também subiu dos 320 para os 325.
Portugal continua sem registo de mortes abaixo dos 20 anos e a faixa etária acima dos 80 anos continua a ser a mais atingida pela mortalidade por Covid-19.
Quanto a casos confirmados, distribuem-se por todas as faixas etárias, sendo as idades até aos nove anos as menos afetadas por infeções.
As pessoas com a faixa etária entre os 30 e os 49 anos continuam a ser as mais afetadas, com 8.932 casos confirmados, seguido por 8.854 casos entre os 30 e os 39 anos.
Os dados indicam ainda que, do total das vítimas mortais, 895 são homens e 883 são mulheres.
Por faixas etárias, o maior número de óbitos concentra-se nas pessoas com mais de 80 anos (1.188), seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (347), entre 60 e 69 anos (159) e entre 50 e 59 anos (57).
As autoridades de saúde têm sob vigilância 35.742 pessoas e 1.226 (menos 37 do que na véspera) aguardam resultado laboratorial.
O que podemos esperar da segunda vaga
Mesmo depois de vários meses a discutir e a esclarecer questões relacionadas com a Covid-19, as novas informações que vão chegando necessitam de uma elucidação. Neste momento, exitem oito vacinas na fase III dos ensaios clínicos - a última fase antes da distribuição e administração, que testa a segurança e a eficácia da vacina.
A vacina anunciada pela Rússia, que vai ser produzida em setembro e vai começar a ser administrada em janeiro de 2021, não passou por esta fase, nem tão pouco convenceu a comunidade científica, inclusive a da Rússia.
A análise de Pedro Simas, virologista do Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa, e de Vera Lúcia Arreigoso, jornalista do semanário Expresso:
O que já se sabe sobre o início do novo ano letivo
Os diretores das escolas públicas querem o Governo trate a Educação da mesma forma que trata a Saúde e dizem que é preciso contratar mais funcionários para o próximo ano letivo.
A contratação de 600 assitentes operacionais é encarada pelos directores das escolas com um primeiro passo no caminho certo, mas ainda assim insuficiente, tendo em vista os desafios que o novo ano letivo apresenta.
Bastonário "estranha" que ministra não tenha lido relatório sobre lar de Reguengos
O bastonário da Ordem dos Médicos acha "estranho e de uma insensibilidade grande" que a ministra da Segurança Social não tenha lido o relatório acerca da situação no lar de Reguengos de Monsaraz. Miguel Guimarães fala mesmo em "insensibilidade".
A ministra da Segurança Social assumiu que não leu o relatório da Ordem dos Médicos sobre o surto que matou 18 pessoas no lar de Reguengos de Monsaraz. Em entrevista ao Expresso, Ana Mendes Godinho disse que o objetivo não é apurar responsabilidades.
Ministra diz ter sido "descontextualizada de forma grave"
Mais tarde, a ministra negou ter desvalorizado o número de mortes nos lares em Portugal. Em comunicado, afirmou que o título da publicação do Expresso foi "descontextualizado de forma grave".
Esclareceu que que o Ministério tem estado desde o início da pandemia a acompanhar a situação nos lares e que tem desenvolvido mecanismos para antecipar e prevenir surtos, acrescentando que o plano estratégico implementado até agora já custou ao estado 200 milhões de euros.
"No caso de Reguengos, a grande dificuldade foi encontrar funcionários quando muitos ficaram doentes. É preciso aumentar a aposta nos recursos humanos do sector social. Em abril criámos um programa especial [do IEFP], inicialmente previsto por um período de três meses e que decidimos prolongar até ao fim de dezembro", disse a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
Marcelo Rebelo de Sousa também reagiu à polémica gerada pelas declarações da ministra ao Expresso. O Presidente da República avisa que leu todos os relatórios e que é preciso tirar lições.
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