Coronavírus

OMS espera que haja 2 mil milhões de vacinas contra a Covid-19 para prioritários no fim de 2021

Há numerosas vacinas atualmente em teste.

Ted S. Warren

Lusa

A cientista-chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou hoje esperar que haja dois mil milhões de doses de uma vacina contra a covid-19 no fim do próximo ano reservadas para "populações prioritárias".

Numa conferência de imprensa virtual realizada hoje em Genebra, Soumya Swaminathan afirmou que se trata apenas de uma hipótese, uma vez que ainda não existe "nenhuma vacina comprovada".

No entanto, a OMS espera que algumas das numerosas vacinas atualmente em teste possam ser aprovadas para uso no próximo ano e recomenda que sejam vacinadas primeiro pessoas com mais fatores de risco, incluindo as pessoas idosas e as que sofrem de diabetes ou doenças respiratórias, bem como trabalhadores de serviços essenciais.

Soumya Swaminathan assinalou que ainda não existe uma estratégia para a distribuição global de vacinas contra a covid-19, afirmando que a OMS "proporá soluções" mas que "os países terão que concordar com elas e chegar a um consenso".

Vários países, incluindo o Reino Unido, Países Baixos, Alemanha e Estados Unidos, assinaram acordos com empresas farmacêuticas que estão a investigar vacinas para terem prioridade na distribuição de vacinas aos seus cidadãos.

A OMS apelou às farmacêuticas para suspenderem os seus direitos às patentes de quaisquer vacinas eficazes contra a covid-19 e pediram contribuições de milhares de milhões de dólares para comprarem vacinas para os países em desenvolvimento.

Soumya Swaminathan afirmou ainda que está provado que a hidroxicloroquina não evita mortalidade em doentes com covid-19 que têm que ser hospitalizados.

Aquele medicamento, vulgarmente utilizado contra a malária, poderá ser eficaz na prevenção de infeções com o novo coronavírus ou na minimização dos efeitos da covid-19, mas os testes clínicos que poderão prová-lo ainda não são conclusivos.

"Isso, ainda não sabemos. Precisamos de terminar os extensos testes e reunir os dados", afirmou, referindo-se a outros testes clínicos que a OMS está a promover.

Mais de 445 mil mortos e mais de 8,2 milhões de casos no mundo

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 445 mil mortos e infetou mais de 8,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

Portugal com 1.523 mortos e 37.672 casos de Covid-19

A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou esta quarta-feira a existência de 1.523 mortes e 37.672 casos de Covid-19 em Portugal, desde o início da pandemia.

O número de óbitos subiu, de ontem para hoje, de 1.522 para 1.523, mais um, enquanto o número de infetados aumentou de 37.336 para 37.672, mais 336, o que representa um aumento de 0,9%.

Há 435 doentes internados, mais 12 em relação a ontem. 69 encontram-se em Unidades de Cuidados Intensivos, menos dois face a terça-feira.

O número de casos recuperados subiu de 23.212 para 23.580, mais 368.

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